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1. Para homenagear o Deus Saturno, havia uma festa na Roma Antiga chamada “Saturnais”. As escolas ficavam fechadas, os escravos eram soltos e as pessoas saíam às ruas para dançar. Carros (chamados de “carrum navalis” por serem semelhantes aos navios) levavam homens e mulheres nus em desfile. Muitos dizem que pode ter sido daí a expressão “carnavale”. Outros especialistas afirmam que o nome da festa vem da expressão latina “carnem levare”, que quer dizer “adeus à carne”, já que representava os últimos dias antes da Quaresma, período em que o consumo de carne é proibido aos cristãos.

 

2. A Igreja Católica se opunha a esses festejos pagãos, mas, em 590, decidiu reconhecê-los. Exigiu, porém, que o dia seguinte (Quarta-Feira de Cinzas) fosse dedicado à expiação dos pecados e ao arrependimento.

 

3. A Quarta-feira de Cinzas marca o início da Quaresma (40 dias de abandono dos prazeres), e tem esse nome porque havia o costume de se marcar a testa dos fiéis com as cinzas de uma fogueira em sinal de penitência.

 

4. O Carnaval foi aos poucos mudando de cara. Na Idade Média, incluía sátiras aos poderosos. Os foliões se protegiam de possíveis retaliações com a desculpa de que a festa os deixava loucos (“folia”, em francês, significa loucura).

 

5. A data em que se comemora o Carnaval é definida com base na Páscoa. A Quarta-Feira de Cinzas sempre cai 46 dias antes do domingo da festividade, que é a soma dos 40 dias que antecedem o Domingo de Ramos com os 6 dias da Semana Santa.

 

6. Uma das mais antigas formas de Carnaval é o entrudo, cujo primeiro relato se deu em Pernambuco em 1553. Trata-se de uma brincadeira de influência portuguesa, em que os foliões se sujam uns aos outros atirando polvilho, pó-de-sapato, farinha de trigo ou limões-de-cheiro (limões recheados de água e urina). Vem daí o costume contemporâneo de se brincar com bexigas com água e spray de espuma no Carnaval.

 

7. O primeiro baile carnavalesco do Brasil ocorreu no Largo do Rocio, no Rio de Janeiro (RJ), em 1840. Foi uma iniciativa de uma atriz italiana que queria reproduzir o Carnaval de Veneza.

 

8. O sapateiro português José Nogueira de Azevedo Prates, o Zé Pereira, saiu pelas ruas tocando bumbo em 1848. Pessoas foram se juntando a ele e deram origem àquilo que mais tarde seria chamado de bloco de rua.

 

9. O primeiro bloco organizado brasileiro foi o Congresso de Sumidades Carnavalescas, fundado pelo escritor José de Alencar em 1855. Os participantes – uma comissão de intelectuais – foram até o palácio de São Cristóvão pedir para que a família real assistisse ao desfile. Dom Pedro II aceitou o convite. A polícia do Rio de Janeiro autorizou o desfile de blocos pelas ruas em 1889. Nessa época, a folia era vinculada às elites. Os desfiles eram luxuosos, compostos por carros bem ornados, mulheres bonitas e grupos musicais estruturados.

 

10. Em 1892, o extinto Ministério do Interior tentou mudar a data da festa para 26 de junho. Segundo eles, tratava-se de um mês mais saudável. O povo aproveitou o ano para fazer dois carnavais. Algo parecido ocorreu em 1912. A folia foi transferida por causa da morte do Barão do Rio Branco. Novamente, houve duas festas. O jornal “A Noite” gozou o episódio: “Com a morte do Barão / Tivemos dois Carnavá / Ai que bom, ai que gostoso / Se morresse o marechá”. O marechá, no caso, era o presidente Hermes da Fonseca.

 

Fonte: Guia dos Curiosos


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