A NASA mapeou uma nova região do Sol pela primeira vez – e de quebra conseguiu fotografar o nascimento dos ventos solares. Conheça esse e outros 4 fatos incríveis sobre a estrela mais quente do momento.

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Aquela mesma celebridade de sempre, fotografada de um jeito novo. Parece papo de paparazzi, mas estamos falando do Sol e da NASA. A agência espacial divulgou fotografias novas da estrela que vemos todos os dias, de um ângulo capaz de revelar novas informações sobre como o Sol ajudou a moldar o Sistema Solar. Aproveite e conheça 5 fatos incríveis sobre o estrelão.

 

5) A primeira foto do bebê

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Duas sondas gêmeas, da missão STEREO (sigla para Observatório de Relações Solares-Terrestres, em português), conseguiram um feito sem precedentes: se aproximaram do Sol a ponto de conseguir fotografar a “borda” da estrela, e ver como a energia se move da superfície solar para o exterior. Registraram o momento em 3D. Pena que para a ciência, as fotos originais não valem muita coisa.

 

É brilho demais vindo das outras estrelas e refletido na poeira. Algo como tentar enxergar as próprias estrelas daqui da Terra em uma cidade grande muito iluminada. Aí veio a parte legal: a NASA teve que criar um algoritmo de processamento de imagem para conseguir enxergar a parte mais importante da borda do sol: o nascimento dos ventos solares.

 

4) Ventos solares são bem parecidos com pistolas de água

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A região que cerca o Sol, chamada de coroa, tem a temperatura infernal de 1 milhão de graus Celsius. Ela também é cheia de partículas repletas de energia. Esses prótons e elétrons se espalham pelo sistema solar em fluxos constantes – é o que chamamos de ventos solares.

 

Tudo lindo, na teoria, mas a gente nunca tinha visto isso acontecer… Até agora. O que as novas imagens da NASA (com a ajuda do algoritmo) mostram é que esses ventos solares são pistolas de água. As partículas carregadas emanam do Sol de um jeito bem organizadinho. Conforme elas vão se distanciando do campo magnético solar, reagem do mesmo jeito que a água saindo da sua arminha no verão. Quanto maior a distância do tiro, mais turbulenta fica aquela água. As partículas do sol começam a se comportar assim – menos como um jato, mais como um spray… E o plasma solar, esse conjunto de particulas, começa a se comportar como gás. A NASA conseguiu fotografar exatamente essa transição, da qual nasce o vento solar que ajuda a “preencher” nosso sistema.

 

3) O tamanho da Terra foi definido por uma “faxina” solar

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Entender mais sobre os ventos solares é importante porque eles literalmente estruturaram a vida no Sistema Solar como o conhecemos. A Terra e nossos planetas vizinhos provavelmente começaram a sua vida como misturas de rocha e gás. Só que a ventania solar passou a vassoura em todo mundo: saiu empurrando o gás para longe. É por isso que os planetas mais próximos do Sol são rochosos e pequenos (pegaram o pior da ventania). Já os mais afastados passaram fora da “limpeza”: são basicamente bolas de gás. BEM maiores (como Saturno e o gigante Júpiter).

 

2) A ventania pode ser fatal

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O ventinho solar pode acabar com a possibilidade de vida em um planeta inteiro. E não é difícil: foi exatamente o que os ventos fizeram em Marte. Para que a vida exista, a atmosfera do planeta precisa ser densa – de outra forma não existe água líquida. Só que os ventos solares acabaram com a atmosfera marciana. Como em uma bexiga vazia, o ar começou a vazar e tchau tchau possibilidade de vida. Mais protegidos dos ventos estão os planetas com campo magnético, como a Terra, que conseguem desviar grande parte dessas partículas.

 

1) Ele é como uma bomba atômica – só que mais perigoso 

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De toda a energia que o Sol produz, nosso contato mais próximo é com as “sobras”, na forma de radiação, luz, ventos solares… Ainda bem. Dá para pensar assim: só um espirro do Sol acabou com a possibilidade da vida em Marte. Imagina o que acontece lá dentro? O Sol não é uma bola de fogo – é uma bomba de fusão nuclear que está explodindo sem parar há 4,5 bilhões de anos. No núcleo, átomos de hidrogênio se fundem para formar átomos de hélio.

 

No processo, a diferença de massa entre o hidrogênio e o hélio vira energia. O tempo todo. Essa energia leva mais de 100 mil anos só de ir do núcleo solar até a superfície. No final, a energia liberada pelo Sol é de 19 bilhões de vezes a da bomba Tsar, a maior bomba nuclear já produzida pela humanidade. Só que a comparação ainda é injusta? Porque isso é o que o Sol emite de energia em um segundo. Melhor ficar com as sobras mesmo.

 

Fonte: Super Interessante


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