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O Brasil está entre os 10 países que mais desperdiçam alimentos no mundo. Todos os anos, 41 mil toneladas de comida são jogadas fora, perdidas ou extraviadas na colheita, no transporte, na venda e também no final da cadeia, na casa do consumidor – segundo informações do World Resources Institute (WRI).

 

Esse dado é chocante se pensarmos que mais de 3,4 milhões brasileiros estão subalimentados. No mundo, quase 1 bilhão de pessoas sofrem com desnutrição, mas a produção de alimentos é grande o bastante para alimentar 12 bilhões de pessoas.

 

Pensando nessa equação de comida perdida X bocas famintas, e na projeção da ONU de que a população mundial vai beirar os 10 bilhões em 2050, a cientista americana do Natural Resources Defense Council (NRDC), Dana Gunders, escreveu o livro Waste-Free Kitchen Handbook (“Livro de bolso da cozinha sem desperdício”, sem tradução no Brasil).

 

Na obra, Dana argumenta que jogar comida fora não é apenas prejudicial para nossas contas bancárias, mas é ecologicamente hostil e imoral. “Quando um alimento vai para o lixo, o mesmo acontece com tudo que é necessário para levá-lo aos nossos pratos – água, terra, energia e dinheiro”, afirmou em entrevista ao site The Independent. Mas nem só de estatísticas alarmantes se sustenta o livro de Dana. Ela também apresenta soluções high-tech e dicas simples para minimizar a quantidade de comida que jogamos fora em nossas próprias casas. Confira algumas:

 

1.Deixe os morangos livres

Todo mundo que já comprou uma bandeja de morangos sabe que a fruta é bastante sensível. O que nem todo mundo sabe é que eles duram mais se não estiverem aprisionados na embalagem. Portanto, coloque uma única camada de morangos no recipiente em que você for guarda-los ou, se tiver que guardar todos na mesma bandeja, intercale as camadas com um papel toalha. Isso vai garantir seus morangos fresquinhos por mais alguns dias.

 

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2.Proteja seu estômago com o nariz

Se você é do tipo que desconfia do alimento só pela cara, Dana Gunders tem uma dica especial para você: valorize o poder do seu olfato. Na grande maioria dos casos, você pode confiar nos seus sentidos para não se envenenar com algum alimento estragado. Aliás, é justamente para isso que eles foram feitos! Está em dúvida se aquele iogurte esquecido na geladeira ainda presta? Dê uma fungadinha – seu nariz saberá a resposta. O mesmo vale para molhos, leite e sucos pasteurizados.

 

3.Bote os ovos para nadar

A data de validade dos ovos é bastante elástica. A própria Dana ficou surpresa ao saber que ovos continuam bons de três a cinco semanas depois da data de validade. Mas, se você perdeu a embalagem, teste os ovos em uma vasilha com água: se eles afundarem, fique tranquilo para transformá-lo em omeletes, gemadas, molhos, quindim – o que você quiser. Se eles não boiarem, realmente está na hora de jogá-los pia à baixo.

 

4.Vire a rainha da sucata

Sabe o momento em que você para em frente à geladeira cheia, e ainda assim acha que não tem nada de interessante em casa? Essa é a hora de juntar todas as sobras e ver se rendem algum prato gostoso ou mesmo aquele sopão de “sucatas”. Assim, você deixa de jogar fora comidas que ainda estão boas e resolve a indecisão do que jantar. Se não tiver afim de comer o vegetal sobrado nos dias seguintes, a solução é congelá-los para quando a fome/vontade chegar.

 

5. Queijo para presente

Se estiver com problemas para manter queijos em fatias na geladeira sem que eles fiquem com textura de chinelo ou mofados, enrole em papel manteiga. Esse tipo de papel absorve a gordura ao mesmo tempo que deixa o queijo respirar.

 

6. Temperos fênix

Quando os alimentos ficam muito tempo na geladeira, por mais que não estraguem, eles perdem o frescor e, consequentemente, o sabor. Para ressuscitar essas comidas, não economize nos temperos. Azeite de oliva, vinagre, maionese, mostarda, cebola, mel, pimenta e tomates pelados podem fazer milagres com vegetais “desmaiados”.

 

7. Não seja fascista com a data de validade

Não é porque a data de validade de um alimento diz “02/03” que no dia “3/03” você terá uma intoxicação alimentar ao comê-lo. Esses prazos trabalham com uma folga e nem sempre estão relacionados ao fato das comidas serem ou não seguras para consumo. No Reino Unido, por exemplo, avisos para consumir “melhor antes de” são utilizados para indicar que o alimento estará fresco, no seu pico de qualidade até a data determinada.

 

Outro fator a ser levado em consideração para decidir se alguma coisa está ou não boa para comer é o tempo que ela passou fora temperatura ideal. Por exemplo, se uma garrafa de leite tiver uma indicação para mantê-la a, no máximo 15º C, e você tiver esquecido fora da geladeira por um dia todo a 30ºC, é melhor conferi-la antes de beber. Cuidado redobrado para carnes e derivados de leite não pasteurizado.

 

Fonte: Super Interessante 


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