“Isso de fazer versões instrumentais de músicas que gostamos já é algo que fazemos desde o início da banda. É algo que fizemos como uma curtição pra gente e que dá muito certo no palco. Inclusive temos algumas lembranças memoráveis de o público cantar as músicas, o que nos surpreende”, conta a banda.

 

Escolher as dez músicas que fazem parte do álbum não foi tarefa fácil segundo o power trio formado por Marcus Moraes (guitarra), Vavá Afiouni (baixo) e Thiago Cunha (bateria), que inclusive contam que deixaram muitas canções de fora. Estão lá músicas muito conhecidas do grande público e que mostram a diversidade da própria banda, como “Respeita Januário”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira; “Como Nossos Pais”, de Belchior e famosa na voz de Elis Regina; “Quase Sem Querer”, da Legião Urbana; “Take On Me”, do A-Ha, que virou um medley em união com “Sultans of Swing”, do Dire Straits. Outra música que ganhou um medley  foi  “Thriller” que se uniu a “Smooth Criminal”, ambas de Michael Jackson. Além de “Locked Out Of Heaven”, do Bruno Mars e “Lamento Sertanejo”, de Gilberto Gil. Confira a lista completa no final do texto.

 

A banda de rock instrumental trouxe peso para as versões, que podem ir para uma pegada mais blues, rock, mas sem deixar o balanço de lado, caso claro de “Respeita Januário” e “Trilhos Urbanos” de Caetano Veloso, que “ficou mais Black Sabbath”. Na verdade, uma das preocupações do grupo é sempre se adequar a plateia.

 

“Direcionamos o repertório dos shows de acordo com o público, por exemplo, pros shows que já fizemos no Clube do Choro inserimos versões de compositores como Kachimbinho e Banden Powell, pra shows no Porão do Rock versões de Black Sabbath, etc. Basta ouvir nossos discos que dá pra ver que isso é bem viável, já que temos músicas bem pesadas e outras mais relax. Algo que comprova a versatilidade da banda”, conta os artistas.

 

O nome do álbum também mostra outra característica do power trio, o bom humor.

 

“Tivemos várias ideias pro nome do disco, isso já há um tempo, pois há alguns anos que conversávamos sobre registrar algumas das versões que vínhamos fazendo, até porque gostamos muito de várias delas. E nisso De Versões, Desbocado, Inversões, foram ideias que tivemos.

 

No fim ficamos com o mais simples, e mais legal! Até porque nosso jeito de tocar e de encarar a música é algo que temos como algo divertido, curtimos fazer este som. E com isso o nome diz muito sobre a banda. E no caso do disco diz mais ainda! Já que é um disco de versões”, explicam o processo.