Apesar de a galera que cisma em negar que a pandemia do novo coronavírus é real ter ganhado protagonismo, os terraplanistas – lembra deles? – continuam por aí, defendendo apaixonadamente a ideia de que o nosso planeta, em vez de esférico, é plano feito uma panqueca.
Se você anda meio cansado de debater com a turma do “é só uma gripezinha” e está com saudades de discutir (saudavelmente) com o pessoal que acredita que a Terra é plana, Paul Sutter, astrofísico do site Space.com, reuniu alguns argumentos científicos que ajudarão a “esquentar” a contenda.
Caiu ou brotou?
Uma das alegações que os terraplanistas usam para defender sua teoria é a de que, quando olhamos para o horizonte, ele parece “reto” e, portanto, indicaria onde o limite da panqueca do planeta se encontra. No entanto, segundo Paul, é muito fácil derrubar esse argumento.
Já reparou que, conforme nos afastamos de um objeto, ele vai se tornando menor – até gradualmente desaparecer, começando pela base? Onde será que eles vão parar… Caem do mundo no vazio do cosmos?
Aliás, conforme nos deslocamos em direção ao horizonte, coisas que se encontram no caminho – como montanhas e edifícios, por exemplo – vão aparecendo, começando pelos topos, até se tornarem maiores e totalmente visíveis conforme nos aproximamos mais delas. Teriam essas estruturas simplesmente brotado no caminho? Não, né! Esse efeito ocorre por conta da curvatura da Terra.
Brilha, brilha estrelinha…
Existe também a questão de que diferentes estrelas e constelações são visíveis apenas de determinados locais do planeta. O Cruzeiro do Sul, por exemplo, só pode ser observado do Hemisfério Sul, enquanto a estrela Polaris só pode ser vista do Norte e, conforme nos deslocamos de um hemisfério a outro, os respectivos astros desaparecem do céu, “mergulhando” no horizonte, mas por quê? Porque, se viajarmos de latitudes mais ao sul em direção mais ao norte (e vice-versa), a curvatura da Terra bloqueia esses objetos celestes.
Ainda com relação às estrelas, quando subimos em um local mais elevado para observar os astros, temos uma melhor visão dos que se encontram mais próximos da linha horizonte – objetos estes que desaparecem se voltarmos ao nível do solo. E, sim, esse efeito se dá por causa da curvatura do planeta também.
Sombras e mais
Outra forma de contestar as teorias dos terraplanistas é convidá-los para assistir a um eclipse lunar. Não importa de onde esses eventos celestes são observados, a sombra da Terra sobre a Lua sempre – invariavelmente – será circular e isso só pode ocorrer porque o objeto que a está produzindo, ou seja, o nosso planeta, é esférico. Do início ao final do eclipse. Em qualquer eclipse lunar. Toda vez. E mais:
- Além dos planetas do Sistema Solar, todos os milhares de exoplanetas já descobertos até hoje (absolutamente todos) são esféricos, uma vez que a gravidade necessária para a sua formação produz objetos em formato de globo.
- Falando em gravidade, incontáveis tecnologias foram desenvolvidas e só funcionam por causa dela, incluindo os aparelhos de GPS, que calculam trajetórias e nos indicam o posicionamento de objetos ao redor do mundo.
- A “esfericidade” da Terra conversa em perfeita harmonia com as leis da Física – que, basicamente, regem o funcionamento do Universo.
Tudo isso sem falar em todas as imagens capturadas por satélites em órbita, fotos de astronautas e telescópios espaciais, bem como relatos dos sortudos que tiveram a chance de viajar ao espaço e vislumbrar o nosso planeta de longe.
Mas vale ter em mente que, conforme destacou Paul, no fundo, tanto os terraplanistas como outros negacionistas de plantão não defendem suas teorias só por teimosia ou com base em observações, mas sim por serem pessoas que, de modo geral, não confiam na Ciência e temem estar sendo constantemente enganadas. Porém, isso não significa que uma boa discussão deixará de ser divertida.
Fonte: TecMundo
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