O nosso planeta tem a idade geológica de aproximadamente cinco bilhões de anos. A ciência que se dedica ao estudo da Terra divide essa idade em eras, épocas, períodos, idades e fases. Mesmo com o estudo é difícil descobrir como nosso planeta pode ter sido nos primeiros anos antes de surgir vida. Contudo, detetives geológicos conseguiram mais evidências mostrando que a Terra era bem diferente do planeta em que vivemos hoje.
Segundo a nova análise das características do manto da Terra no decorrer da sua história, o planeta já foi englobado por um oceano bem vasto com poucas, ou nenhuma, massa de terra. A Terra era uma rocha espacial extremamente encharcada.
Água
E para onde foi toda essa água? De acordo com a equipe de pesquisadores que foi liderada pelo cientista planetário Junjie Dong, da Universidade de Harvard, os minerais que estão nas profundezas do manto terrestre foram lentamente bebendo os oceanos da Terra antiga e deixaram o que temos hoje.
“Calculamos a capacidade de armazenamento de água no manto sólido da Terra em função da temperatura do manto. Descobrimos que a capacidade de armazenamento de água em um manto inicial quente pode ter sido menor do que a quantidade de água que o manto da Terra atualmente contém, então a água adicional no manto hoje teria residido na superfície da Terra primitiva e formado oceanos maiores”, escreveram os pesquisadores.
“Nossos resultados sugerem que a suposição de que o volume dos oceanos da superfície permaneceu quase constante ao longo do tempo geológico pode precisar ser reavaliada”, continuaram.
É acreditado que no subsolo uma quantidade grande de água seja armazenada na forma de compostos do grupo hidroxila. Eles são compostos de átomos de oxigênio e hidrogênio. A água, em particular, é armazenada em duas formas de alta pressão do mineral vulcânico olivina, wadsleyita hidratada e ringwoodita. As amostras de wadsleyita que estão no subsolo podem ter aproximadamente 3% de H2O, e ringwoodite gira em torno d 1%.
Terra Antiga
Em pesquisas anteriores sujeitaram os dois minerais as altas pressões e temperaturas do manto da Terra para conseguir descobrir a capacidade de armazenamento. Contudo, Dong e seus colegas viram outra oportunidade. Eles juntaram os dados da física mineral disponível e quantificaram a capacidade de armazenamento da água da wadsleyita e ringwoodita em uma faixa mais ampla de temperatura.
Os resultados que eles conseguiram mostraram que esses dois minerais apresentaram menores capacidades de armazenamento em altas temperaturas. E como a Terra, que se formou há 4,54 bilhões de anos era bem mais quente internamente, significa que o armazenamento de água e a capacidade do manto agora é maior do que antes.
Conforme mais minerais de olivina se cristalizam no magma da Terra com o passar do tempo, a capacidade de armazenamento de água do manto também aumentaria. Essa diferença na capacidade de armazenamento de água seria significativa, mesmo com a equipe tendo sido conservadora em seus cálculos.
“A capacidade de armazenamento de água bruta do manto sólido da Terra foi significativamente afetada pelo resfriamento secular devido às capacidades de armazenamento dependentes da temperatura de seus minerais constituintes. A capacidade de armazenamento de água do manto hoje é de 1,86 a 4,41 vezes a massa do oceano da superfície moderna”, explicaram os pesquisadores.
Por conta dessa descoberta de que a água armazenada no manto hoje é maior do que sua capacidade de armazenamento no Enon Arqueano, que foi entre 2,5 e 4 bilhões de anos atrás, é possível que a Terra tenha sido inundada junto com os continentes, descobriram os pesquisadores.
Fonte: Fatos Desconhecidos.
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