A morte do cantor e compositor britânico David Bowie, aos 69 anos, vítima de um câncer contra o qual vinha lutando há 18 meses, não é só uma perda para a música de todo o planeta, mas sim para o mundo das artes em geral.

 

A cultura pop nunca mais será a mesma depois da passagem de Bowie pela vida de cada um que usufruiu de sua música na qual foi criador de gêneros, seja em ser um verdadeiro curador de tendências culturais e artísticas, influenciando milhões de pessoas.

 

Selecionamos seis razões para nos lembrarmos que, sim, Bowie foi mesmo um artista único.

 

O ícone

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“A essência da contribuição de David Bowie para a música popular pode ser encontrada na sua habilidade acima da média para analisar e selecionar ideias de fora do mainstream – desde a arte, literatura, teatro e cinema – e levá-las para dentro, de modo que a trajetória do pop é constantemente modificada”, escreveu certa vez o biografo David Buckley. Definição melhor, impossível.

 

O influente

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A influência de Bowie na música é incontestável. Altamente influenciado pelo rock dos anos 50, de Elvis a Little Richard, ele é tido por muitos, como Marc Bolan (fundador do T-Rex), como o criador do glam rock, gênero predominante no início dos anos 70. Ao mesmo tempo, o trabalho de Bowie também é apontado como inspiração do movimento punk da segunda metade da mesma década – há quem diga que as guitarras de Mick Ronson em ‘The Man Who Sold the World’ marcaram o nascimento do heavy metal.

 

O humilde

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Ainda na música, Bowie não tinha nenhum problema em deixar os holofotes em benefício de algum artista com o qual quisesse contribuir. Afinal, qual rock star aceitaria um papel de tecladista para outro gigante do rock, Iggy Pop, nos anos 70? Foi o que ele fez – a relação vinha desde os tempos em que Iggy integrava os Stooges. Tal humildade era quase um imã para estrelas, fosse contribuindo com o beatle John Lennon (Fame), fosse se unindo ao músico David Gilmour, do Pink Floyd, para uma canja em uma época na qual Bowie evitava os holofotes e não fazia mais turnês.

 

O fashionista

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O apelido de ‘Camaleão’ dado a Bowie tem muito mais a ver com estilo de tendências captadas de maneira peculiar por ele do que com as muitas cores do andrógino Ziggy Stardust, seu alter ego na década de 70. Ao se afastar do mainstream pasteurizado em cada época em que viveu, Bowie indicava a tendência a seguir, e não só na música. Ninguém antes dele havia criado um personagem fictício que unia música e teatro em um único pacote. O mundo da moda, como seria de se supor, sempre acompanhou de perto cada um dos seus passos.

 

O ator

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A formação teatral de David Bowie o ajudou não só na música, mas também em suas experiências em cima do palco e nas aparições cinematográficas ao longo de sua vida. O lado ‘camaleão’ aqui também apareceu aqui, seja como um oficial prussiano em Just a Gigolo (1979), como Poncio Pilatos no polêmico The Last Temptation of Christ (1988), ou encarnando Andy Warhol em Basquiat (1996). Muitos se recordam ainda do seu papel no hoje cult Christiane F. (1981), embora ele não se importasse até mesmo em ceder a sua voz em um dos filmes da série animada Bob Esponja. Ah, e antes que a gente se esqueça: ele levou um prêmio Saturn em 1976 por The Man Who Fell to Earth (1976), apenas um dos vários prêmios artísticos que Bowie colecionou pelo mundo.

 

O destemido

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A aparência de Ziggy Stardust e, por consequência, de David Bowie sempre foi alvo de controvérsia no mundo pop em uma época em que discutir valores LGBTs abertamente era quase um tabu. Sem medo de experimentar, o artista chegou a afirmar ser bissexual a primeira mulher de Bowie foi quem trouxe à luz uma relação entre o cantor e o líder dos Rolling Stones, Mick Jagger, embora anos mais tarde tenha dito que “não tinha a intenção de representar este ou aquele grupo” e que “seguiu os caminhos que sempre quis seguir”. Mais do que discutir as suas preferências sexuais, Bowie ajudou a quebrar um dos tabus ainda tão criminalizados por setores da sociedade mundo afora.

 

Fonte: Brasil Post


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