Há um pouco mais de 130 anos, dois homens conheceram um dos destinos mais azarados que se pode imaginar: um meteorito os acertou em cheio. Isso é o que indica documentos históricos recém-analisados por pesquisadores.

 

O estudo sobre a descoberta foi divulgado no Meteoritics & Planetary Science. Nele, cientistas da Universidade de Ege, na Turquia, analisaram três manuscritos de 1888 enviados ao sultão do Império Otomano, Abdul Hamid II. Os documentos atualmente pertencem à Diretoria-Geral de Documentos de Estado da Presidência da Turquia.

 

Escritas por autoridades, as cartas relatam que, em 22 de agosto de 1888, diversos meteoritos caíram sobre vilarejos em uma região hoje conhecida como Sulaymaniyah, no Iraque. A chuva cósmica ocorreu por cerca de 10 minutos, até que uma grande “bola incandescente” acabou atingindo uma colina.

 

“Como consequência desse evento, um homem foi morto e outro teve ferimentos graves que o deixaram paralisado”, explicaram os pesquisadores no estudo. Além disso, a queda do corpo celeste também danificou plantações de agricultores.

 

Apesar dos documentos encontrados não serem científicos, os pesquisadores não descartam a sua importância. “Esse caso é o primeiro relato já encontrado a constatar a morte de um homem por causa de um meteoro”, apontam. “Uma vez que esses documentos são de fontes oficiais do governo e foram escritos por autoridades locais, até mesmo pelo próprio grão-vizir, não temos dúvidas sobre sua veracidade.”

 

Os autores da pesquisa também observam que provavemente há muitos outros registros históricos sobre mortes causadas por meteoritos que ainda não foram estudados. Os próprios documentos analisados pelos especialistas só foram transferidos para um arquivo digital recentemente, e estavam redigidos na língua turca otomana, que é mais difícil de se traduzir.

 

Ainda que relatos de pessoas que foram atingidas por meteoritos sejam muito raros, não é incomum que esses corpo celestes caiam na Terra. Segundo dados da Nasa, pelo menos 822 bolas de fogo explodiram na nossa atmosfera desde 1988, resultando em chuvas de meteoritos.

 

Um dos casos mais famosos – e um dos únicos realmente confirmados – desse tipo de acidente é o de Ann Hodges. Em novembro de 1954, um meteorito do tamanho de uma bola de beisebol atravessou o telhado da casa dela e a atingiu na cintura, deixando um grande hematoma.

 

Fonte: Revista Galileu


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