Não que seja algo muito agradável, mas tão inevitável quanto a morte, é pensar no que acontece após ela. Seja o que acontece depois que alguém morre, ou mesmo qual o seu destino final aqui na Terra. Normalmente, as pessoas expressam as suas vontades para depois de sua morte, desde os detalhes do funeral, até o principal que é o que fazer com o seu corpo: enterrar, como é muito comum por aqui, ou cremar.

 

Atualmente, as pessoas têm buscado bastante a cremação, em vez do tradicional sepultamento. E às vezes, além de lidar com a morte, que já é um desafio, as pessoas acabam lidando com coisas inesperadas.

 

Como por exemplo, em 2017, um homem de 69 anos com câncer de pâncreas foi até o hospital porque sua pressão arterial estava anormalmente baixa. Infelizmente o homem acabou morrendo depois de dois dias. E os seus restos mortais foram cremados.

 

Cremação

 

No entanto, o que ninguém no hospital ou no crematório sabia era que a última ida do homem ao hospital não tinha sido a única vez. Ninguém sabia que um dia antes de ir até o hospital, o homem tinha recebido uma injeção de um composto radioativo em outro hospital para tratar o seu tumor. Por conta disso, quando seus restos mortais foram queimados essa dose radioativa, e potencialmente perigosa, de dotatato de lutécio LU 177 ainda estava dentro do corpo do homem.

 

O caso foi relatado em uma carta de pesquisa publicada em 2019. E ele mostra os riscos colaterais potencialmente representados por, em média 18,6 milhões de procedimentos feitos na medicina nuclear com radiofármacos somente nos EUA todos os anos.

 

Por mais que existam regras que regulem como esses medicamentos são administrados em pacientes vivos, a situação pode ficar menos clara quando esses pacientes morrem. Tudo isso graças a uma colcha de retalhos de leis diferentes e normas específicas de cada estado. Além de situações como a desse homem de 69 anos que teve seu status de radioativo simplesmente esquecido.

 

“Os radiofármacos representam um desafio de segurança post mortem único e frequentemente esquecido. Cremar um paciente exposto volatiliza o radiofármaco, que pode então ser inalado pelos trabalhadores ou liberado na comunidade adjacente e resultar em maior exposição do que em um paciente vivo”, explicaram os pesquisadores.

 

No caso desse paciente em específico, assim que os médicos responsáveis pelo tratamento dele souberam da morte do homem eles entraram em contado com o crematório.

 

Radioatividade

 

Depois de quase um mês da cremação, eles usaram um contador Geiger para detectar os níveis de radiação dentro da câmara de cremação e nos equipamentos.

 

Eles encontraram níveis baixos, mas ainda assim altos de radiação. E um detector espectroscópico de radiação pessoal conseguiu detectar o causador do radionuclídeo – lutécio Lu 177.

 

Por mais que não exista nenhuma prova definitiva ligando a dosagem de radiofármaco do homem com os níveis de radiação que foram detectados no crematório, é certo que isso é a explicação mais plausível para o motivo dos traços de lutécio Lu 177 estarem lá.

 

Essa também foi a primeira vez que a contaminação radioativa de instalações crematórias foi documentada dessa maneira.

 

Fonte: Fatos Desconhecidos.


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