1. Na Europa antiga, bem antes do descobrimento do Brasil, já aconteciam festas populares durante o solstício de verão, que marcavam o início da colheita. Nelas, ofereciam-se comidas, bebidas e animais aos vários deuses em que o povo acreditava. Um deles era Juno, esposa de Júpiter, que era considerada a deusa da fecundida. Nessas festas, chamadas “junônias”, as pessoas dançavam e faziam fogueiras para espantar os maus espíritos.
2. As celebrações pagãs europeias conhecidas como “festas junônias” coincidiam com a data em que a Igreja Católica comemorava o nascimento de São João, 24 de junho. Como, na Europa Antiga, o catolicismo ganhava cada vez mais adeptos, nesses festejos acabou se homenageando também o santo católico. É por isso que no início as festas eram chamadas de joaninas. Os primeiros países a comemorá-las foram França, Itália, Espanha e Portugal.
3. Foram os jesuítas portugueses que trouxeram os festejos europeus em homenagem a São João (“festas joaninas”) para o Brasil. Mas, antes da chegada dos colonizadores, os índios já realizavam festas relacionadas à agricultura no mesmo período. Os rituais tinham canto, dança e comida. As festas de Santo Antônio e de São Pedro só começaram a ser comemoradas mais tarde, mas como também aconteciam em junho, esse conjunto de festejos passou a ser chamado de “festas juninas”.
4. É por causa da origem europeia que algumas palavras estranhas à língua portuguesa aparecem no vocabulário das Festas Juninas. “Anarriê”, por exemplo, é uma palavra de origem francesa.
5. As mais tradicionais festas juninas do Brasil acontecem em Campina Grande (PB) e Caruaru (PE). A da primeira cidade é conhecida pelo Forródromo, arraial que, entre suas atrações, tem um desfile de jegue.
6. Caruaru mantinha a Vila do Forró, réplica de uma pequena cidade do sertão onde acontece a festa. Uma das atrações, o Trem do Forró fazia viagens até Recife, a 138 km. Nos vagões, cantadores regionais, sanfoneiros e artistas divertem o público durante todo o trajeto. A Vila do Forró foi demolida em 2011, como parte do projeto de revitalização de um parque.
7. A tradição dizia que os balões levavam os pedidos dos homens até São João. Por isso, quando o balão caía, era um sinal de azar, já que os desejos não seriam atentidos. Acontece que soltar balões pode causar incêndios. A brincadeira virou crime em 1965, segundo o artigo 26 do Código Florestal. Também está no artigo 28 da Lei das Contravenções Penais, de 1941. Quem for apanhado soltando balões, portanto, pode ir para a cadeia.
8. O Santo Casamenteiro Fernando Bulhões tornou-se Antônio quando entrou para a ordem dos franciscanos. Muitas pessoas fazem promessas a ele para conseguir se casar. Dizem até que algumas mulheres colocam a imagem do santo de cabeça para baixo como forma de forçá-lo a arranjar um marido o mais rápido possível. Sua fama é decorrente de uma premonição que ele teve durante um sermão. O pai do religioso havia sido condenado à forca por assassinato, mas ele chegou a tempo de provar sua inocência. Daí a expressão “tirar o pai da forca”. Santo Antônio foi um padre que viveu no século XII e morreu muito jovem – tinha entre 36 e 40 anos. Ele teria ficado famoso ajudando as donzelas a conseguir o dote – bens exigidos para que o casamento fosse realizado.
9. São João era filho de Isabel, prima de Maria (mãe de Jesus). De acordo com a Igreja Católica, foi por milagre que ela e Zacarias, já com idade avançada, geraram um filho. Quando adulto, São João preparou a vinda de Cristo e batizou-o no rio Jordão. Sua festa é tão importante no Nordeste que quase impediu a votação do IPMF no Congresso em 1993. O governo só conseguiu manter os deputados nordestinos no plenário porque prometeu reservas em vôos que chegavam a tempo para a abertura da comemoração.
10. São Pedro tem as chaves do céu. Como foi um dos pescadores que se tornou discípulo de Jesus, é o santo padroeiro dos pescadores. Dizem que foi viúvo; então ele é também o santo cultuado pelas viúvas. São Pedro é conhecido como o fundador da Igreja Católica, o primeiro papa. Jesus teria dito: “Tu és Pedro (pedra) e sobre esta pedra construirei minha igreja”. No seu dia, são realizadas procissões em terra firme e em alto-mar. Após o cortejo, os fiéis participam de uma missa campal, durante a qual são acesas fogueiras e erguidos mastros com a bandeira do santo. A brincadeira mais comum da celebração é a do pau-de-sebo.
Fonte: Fatos Desconhecidos
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