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1. Há 200 milhões de anos, o território que abrange as regiões sul, sudeste e centro-oeste do Brasil era um imenso deserto. Estendia-se até a Argentina e fazia parte da Pangeia, o único e primitivo continente que compunha a superfície Terrestre no período triássico (de 245 a 208 milhões de anos). A aridez e o clima quente (não haviam ainda calotas polares) teriam sido extremamente propícios para o desenvolvimento dos dinossauros. 

 

2. “Existe um amplo debate acadêmico sobre se a origem desses animais não teria ocorrido na América do Sul, mais especificamente no Brasil”, informa Ismar de Souza Carvalho, doutor em geologia e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Há diversas ocorrências de dinossauros no território brasileiro, distribuídas em rochas que variam em idade de 220 milhões a 65 milhões de anos.” Nesse intervalo, o planeta passou por profundas transformações ambientais. No período jurássico (de 208 a 146 milhões de anos), a Pangeia começou a se fragmentar, e originou duas superfícies distintas: a Laurásia, localizada no hemisfério Norte e a Gondwana, no sul. Há cerca de 150 milhões de anos, esses continentes já estavam separados. Embora no final do triássico e durante o jurássico os dinossauros tenham se desenvolvido e se espalhado por toda a Terra, não há muitos registros deles no Brasil. De 146 a 65 milhões de anos atrás, no período cretáceo, o clima tornou-se mais úmido, a flora se compôs e a fauna se diversificou. “A vasta ocorrência de rochas desse período no Brasil faz com que se encontrem pegadas, fezes fossilizadas, dentes e ossos de dinossauros desde a região Amazônica até o Rio Grande do Sul”, diz Ismar Carvalho.

 

3. O estegossauro chegava a ter mais de 3 toneladas, mas seu cérebro pesava apenas 70 gramas, e tinha o tamanho de uma noz.

 

4. No período cretáceo, a área onde hoje está o Brasil era coberta por árvores coníferas de até 30 metros de altura e samambaias. Essas plantas faziam parte da dieta dos titanossauros, herbívoros cujos fósseis foram encontrados em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. O clima era úmido o suficiente para permitir a existência de outros animais, como as tartarugas. Havia ainda água em abundância, muitos rios e lagos.

 

5. Embora fossem geralmente maiores que os carnívoros, boa parte dos dinossauros herbívoros levavam a pior nos duelos pela sobrevivência. Os grandes titanossauros corresponderiam aos gnus, antípoles e búfalos de hoje. Mesmo sendo maiores que alguns predadores, como o leão, esses animais são presas dos felinos. De forma semelhante, os pequenos predadores carnívoros atacavam os adversários com garras e dentes serrilhados.

 

6. Em 2002, o paleontólogo brasileiro Rodrigo Santucci descobriu quatro novas espécies de dinossauros herbívoros do período cretáceo. Entre os ossos encontrados, havia uma vértebra dorsal de 53 centímetros. Há fortes indícios de que tenha pertencido ao maior dinossauro brasileiro. O fragmento foi encontrado em Peirópolis (MG), e a espécie provavelmente habitou o oeste paulista e o triângulo mineiro.

 

7. Em 2002, foi descoberta uma nova espécie de dinossauro carnívoro que habitou o nordeste brasileiro há 110 milhões de anos. O fóssil do Santanaraptor placidus é o único a ser encontrado no país com restos de tecido mole, como fibras musculares, vasos sanguíneos e pele. Na cadeia evolutiva, ele ocuparia uma posição no mesmo grupo do Tyrannossaurus rex.

 

8. Em 1920, foi descoberto o Carcharodontossaurus saharicus (“réptil com dentes de tubarão do Saara”), nas rochas de Kem Kem, região marroquina do deserto do Saara. Ele era maior e mais pesado que o tiranossauro rex, considerado durante quase 100 anos o maior carnívoro a ter habitado o planeta. O maior tiranossauro já encontrado tem 14 metros de comprimento ,e o carcarodontossauro desenterrado atinge os 15 metros. Só seu crânio mede 1,60 metro – a altura de muitos seres humanos.

 

9. Cerca de 700 espécies de dinossauros já foram nomeadas. Acredita-se que ainda haja pelo menos 800 a serem descobertas. O primeiro dinossauro batizado foi o megalossauro. Ele foi descoberto em 1824.

 

10. O maior dinossauro já descoberto no mundo é o argentinossauro. Ele pesava 49 toneladas. Os gigantossauros, descobertos na Argentina em 1993, tinham o peso de 125 pessoas.

 

Fonte: Guia dos Curiosos


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