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1. Portugal ameaçou enviar uma frota à região descoberta por Colombo (atuais Américas Central e do Norte), e a Espanha lhe propôs discutir um acordo sobre as terras a descobrir. Essa foi a origem do Tratado de Tordesilhas (7 de junho de 1494). Duarte Pacheco Pereira, nomeado “Cavaleiro da Casa Real”, participou como negociador português. Reivindicou para Portugal as terras que fossem descobertas a até 370 léguas a oeste de Cabo Verde. Historiadores sustentam a hipótese de Duarte Pacheco ter sido o verdadeiro “descobridor do Brasil”, em 1498, viajando em segredo.

 

2. O único registro desse feito é um trecho obscuro do livro “Sobre os Mares do Mundo”, escrito pelo próprio Pacheco entre 1505 e 1508. Nesse relato, ele conta que, em 1498, explorou a “parte ocidental” do Oceano Atlântico, encontrando “uma grande terra firme, com muitas ilhas adjacentes” e coberta de “muito e fino brasil”. Isso reforça a tese de que a viagem de Pedro Álvares Cabral tenha sido uma operação arquitetada pela Coroa portuguesa, dois anos depois da verdadeira descoberta, para formalizar a posse das terras.

 

3. Em 26 de janeiro de 1500 (mais de três meses antes do descobrimento oficial do Brasil), o navegador espanhol Vicente Pinzón teria chegado a um novo território no além-mar, desconhecido pelos reinos de Portugal e Espanha.

 

4. Pinzón partiu em novembro de 1499 do Porto de Palos e, em sua jornada pelo Atlântico, passou pelas Ilhas Canárias e Cabo Verde. Veterano explorador que comandou a caravela Nina na descoberta da América, em 1492, Pinzón disse que seguiu viagem ao largo de um litoral com poucas baías seguras para ancoragem e desembarque.

 

5. Quando enfim conseguiu chegar à terra, o espanhol e seus homens enfrentaram a fúria dos índios. “Mataram oito dos nossos soldados e mal houve um que não tivesse sido ferido”, descreveu. O local seria Cabo de Santo Agostinho, no litoral pernambucano. Ele costeou o litoral até a foz do Rio Amazonas, descoberta por ele. Ali, encontrou-se com outro espanhol, Diego de Lepe, e juntos avançaram até o rio Oiapoque.

 

6. Pedro Álvares Cabral saiu da praia do Restelo, em Lisboa, ao meio-dia do dia 9 de março de 1500, uma segunda-feira. Ele tinha 32 anos. Trouxe um total de 1500 pessoas, que vieram em 10 naus e 3 caravelas. A nau capitânia, comandada por Cabral, tinha capacidade para 250 tonéis. Ao todo, havia 190 homens a bordo. Uma das naus desapareceu no dia 23 de março de 1500. Era a comandada por Vasco de Ataíde e tinha 150 homens. Os outros barcos fizeram dois dias de buscas, mas nada encontraram. A viagem levou 44 dias. No dia 22 de abril de 1500, Cabral ancorou em frente ao Monte Pascoal, na Bahia, a 36 quilômetros do litoral brasileiro.

 

7. Pedro Álvares Cabral recebeu 10 mil cruzados pela viagem. Cada cruzado valia 3,5 gramas de ouro. Ele ainda ganhou o direito de transportar 30 toneladas de pimenta gratuitamente no navio. A Coroa se comprometia a comprar o produto pelo preço de mercado em Lisboa (sete vezes mais alto do que nas Índias). Cada marinheiro poderia trazer 600 quilos de pimenta e fazer o mesmo. Entretanto, poucos voltaram. Além da nau que desapareceu e da outra que voltou a Portugal com a notícia do descobrimento, outras seis afundaram. Das treze, portanto, apenas cinco conseguiram retornar para casa.

 

8. Em 26 de abril de 1500, mais precisamente num lugar conhecido por Coroa Vermelha, foi rezada a primeira missa em terras brasileiras. Era o primeiro domingo após a Páscoa, conhecido como Pascoela. Havia um total de oito frades na frota de Cabral, liderados por frei Henrique de Coimbra. Cabral levava uma imagem de Nossa Senhora da Boa Esperança, colocada numa capela especialmente construída no convés de sua embarcação.

 

9. No dia 6 de maio de 1500, o astrônomo da frota de Pedro Álvares Cabral registrou a latitude da Baía de Cabrália, atual Porto Seguro. Este o documento é considerado o trabalho cartográfico mais antigo do Brasil.

 

10. A primeira certidão de batismo do Brasil pertenceu a Kathérine du Brésil, mulher de Diogo Álvares, o náufrago Caramuru. O documento data de 29 de julho de 1520 e foi descoberto na cidade francesa de Saint Malo. 

 

Fonte: Guia dos Curiosos


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