annabella

 

1. Alexandre du Bernay (alexandrino)
Na poesia, a palavra batiza os versos com 12 sílabas. Esse tipo de estrutura surgiu no século 12. O primeiro a usá-lo foi o francês Alexandre du Bernay, no texto Le Roman d’Alexandre (sobre Alexandre Magno). Autor e homenageado acabaram dando nome à forma poética.

 

2. Nicholas “Bébé” Ferry (bebê)
De acordo com o Dicionário Aurélio, a palavra “bebê” vem de Bébé, apelido de um anão francês que ficou famoso em seu país no século 18: Nicholas Ferry (1741-1764). Vindo de uma família de camponeses muito pobres, Bébé nasceu com apenas 24 centímetros e, aos 15 anos, não tinha mais que 70 cm de altura. Seus irmãos também eram anões, mas foi Bébé quem atraiu a atenção de Stanislaw Leszczynski, rei da Polônia, que na época governava as regiões francesas de Barrois e Lorena. O monarca ficou tão encantado com o homenzinho que pediu ao pai da criança que a deixasse viver na corte. Bébé dançava e cantava para entreter os convidados, mas nunca conseguiu aprender a ler corretamente, tanto que pronunciava todas as consoantes como se fosse a letra “b”. Daí seu apelido. Bébé morreu aos 23 anos de idade, provavelmente em decorrência de uma depressão depois da morte de seu melhor amigo, um garotinho chamado Zizi. 

 

3. Harold Bluetooth (bluetooth)
O chip criado pela Ericsson para os aparelhos de comunicação sem fio é um transmissor e um receptor de rádio em miniatura. Seu nome veio de um soberano viking do século 10. Harold Bluetooth entrou para a história por unificar a Dinamarca, a Noruega e a Suécia em um reino. Acabou morto em uma batalha contra o exército de seu filho Sweyn, que o sucedeu no trono.

 

4. Belchior (brechó)
A palavra que designa o local onde são vendidos roupas e objetos usados vem de “Belchior”. Segundo o Dicionário Houaiss, esse era o nome do primeiro comerciante a abrir uma loja para compra e venda de produtos de segunda-mão no Rio de Janeiro, no final do século 19. E como os clientes mais simples não conseguissem pronunciar corretamente o nome do comerciante, Belchior acabou virando “brechó”.

 

5. Joãozinho Boa-Pinta (cabelos à Joãozinho)
O cabelo das mulheres que o usam à Joãozinho é bem curtinho. A moda, segundo a escritora Danuza Leão, foi uma invenção de uma vedete conhecida como Joãozinho Boa-Pinta. Ela ficou famosa por ser a namorada do ex-presidente Jango Goulart.

 

6. Louis Eugène Cavaignac (cavanhaque)
O Dicionário Houaiss conta que a moda de usar uma barbicha na ponta de queixo teria sido lançada por um general francês chamado Louis Eugène Cavaignac (1802-1857), que acabou dando nome à barba estilosa. Cavaignac participou da conquista francesa da Argélia e depois se tornou governador-geral desse país. Mais tarde, atuou como ministro da guerra e usou seus poderes ditatoriais para sufocar uma rebelião de trabalhadores em 1848. Cavaignac perdeu feio para Napoleão Bonaparte nas eleições e foi preso após o golpe de estado de seu concorrente, mas não por muito tempo. Eleito novamente para a assembleia nacional, ele se recusou a jurar lealdade a Napoleão e não pôde assumir o cargo.

 

7. Marquês de Sade (sadismo)
Como escritor, Donatien­ Alphonse­ François Sade – o Marquês de Sade – descreveu o prazer de torturar e humilhar o parceiro para obter satisfação sexual. Ele usava a violência em busca do prazer, na intimidade das alcovas e das celas de prisões e asilos que frequentou. Foi por isso que esse hábito ganhou o nome de “sadismo”. Sua fama cresceu por causa das inúmeras queixas que as prostitutas faziam às autoridades policiais. Ele as levava a um apartamento alugado na rua Muffetard, em Paris. Ao chegar lá, as prostitutas eram apresentadas a uma coleção de chicotes, cinturões de couro e correntes.

 

8. Suzanne “Annabella” Georgette Charpentier (salto annabella)
Ruy Castro conta no livro Carmen  –  A Vida de Carmen Miranda, a Brasileira Mais Famosa do Século que, em 1938, o Brasil recebeu a visita da atriz francesa Suzanne Georgette Charpentier. Annabella, como era conhecida, veio ao país encontrar seu namorado, o galã Tyrone Power. Muito baixinha, ela compensava a baixa estatura usando um sapato com solado inteiriço alto. O modelo se tornou popular entre as cariocas, que passaram a chamá-lo pelo apelido da francesa.

 

9. George Guess Sequoya (sequoia)
A árvore recebeu esse nome em homenagem a George Guess Sequoya (1770-1843), inventor do alfabeto cherokee, denominação de uma tribo indígena norte-americana. Segundo a Enciclopédia Encarta, Sequoya era filho de um comerciante inglês e uma mestiçacherokee, e tentava encontrar maneiras de preservar a cultura da tribo. Assim, criou um silabário de 85 caracteres para que os índios pudessem aprender a ler e a escrever. Mais tarde, os cherokees tiveram a oportunidade de publicar jornais e livros em sua própria língua. Considerado um gigante na tribo, Sequoya acabou dando nome à espécie de árvore que atinge 140 metros de altura.

 

10. Charles Lynch (linchamento)
O termo “linchamento” é uma referência ao norte-americano Charles Lynch, que no século 18 atuava como juiz, mesmo que, oficialmente, ele não fosse um. Para controlar o crime nas cidades fora-da-lei que surgiam no oeste dos Estados Unidos, Lynch obrigava os infratores a desfilar pelas ruas com o corpo coberto por penas de galinha coladas com resina. O ato de linchar criminosos é mais antigo do que o termo. No Brasil, os registros mais antigos datam do século 16.

 

Fonte: Guia dos Curiosos


Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.