Quando 2020 começou, ninguém imaginava que, em menos de 3 meses, o mundo inteiro estaria completamente parado. A OMS declarou, em 11 de março, a covid-19 como uma pandemia e o que se seguiu foi um cenário até pouco tempo inimaginável.

 

O novo coronavírus fez países do mundo inteiro tomarem medidas rígidas. As principais foram restringir a circulação de pessoas nas ruas e fechar estabelecimentos de comércio e serviço, apenas deixando aberto aqueles considerados essenciais. Com isso, as ruas ficaram vazias de repente.

 

A quarentena à qual a população mundial foi submetida assusta. O isolamento social limita as interações, mas, em contrapartida, proporciona muito tempo livre. Nesse sentido, cuidar do bem-estar físico e mental em um momento de incertezas se torna prioridade.

 

Talvez você não conheça, mas existem algumas fontes de inspiração que fizeram do distanciamento social a chave para produzir algumas de suas melhores obras. Conheça-as e inspire-se!

 

1. William Shakespeare

 

A peste bubônica arrasou o mundo no início do século XVII. Na Europa, entre 1605 e 1606, William Shakespeare viu teatros públicos fechando após o número de mortos aumentar dia após dia. Com a indústria do teatro – e boa parte de todo o resto – parada, Shakespeare começou a escrever durante o isolamento social. Foi nesse período que ele produziu algumas de suas obras mais icônicas: Macbeth, Antônio e Cleópatra e Rei Lear. Essas obras foram escritas em 1606 e concluídas em menos de 1 ano, quando o autor se viu sem emprego fixo, com muito tempo livre e isolado devido à pandemia.

 

2. Giovanni Boccaccio

 

Por causa da peste bubônica (conhecida como “peste negra”) que afetou o mundo, o escritor e poeta italiano Giovanni Boccaccio perdeu o pai e a madrasta em Florença, no ano 1348. Porém, Boccaccio sobreviveu ao surto fugindo para a zona rural da Toscana. Em isolamento, ele escreveu uma de suas mais famosas obras: O Decamerão.

 

3. Isaac Newton

 

Em 1665, quando a peste bubônica teve um de seus últimos grandes surtos, Isaac Newton era um jovem de pouco mais de 20 anos e teve que evitar a doença que multiplicava mortos pelo mundo. Depois que as aulas na Universidade de Cambridge foram canceladas, Newton se isolou na propriedade da família para continuar estudando. Foi nesse tempo de quarentena, cerca de 100 quilômetros de Londres, que o matemático produziu alguns de seus melhores trabalhos e deu os primeiros passos em direção a outros importantes. Os cálculos iniciais de suas teorias sobre a óptica e o pontapé inicial para a Teoria da Gravidade aconteceram durante o isolamento.

 

4. Anton Tchekhov

 

As epidemias frequentes de cólera na Rússia fizeram Anton Tchekhov ter tempo e inspiração suficientes para escrever alguns de seus contos mais conhecidos. Entre 1892 e 1899, ele viveu em uma propriedade de Melikhovo, onde escreveu Ward No.6 e O Monge Negro. Além de produzir contos famosos, ele continuou trabalhando como médico e ajudou a organizar a comunidade de camponeses durante o surto. Aclamado como um dos maiores escritores de contos do mundo, Tchekhov morreu em 1904, após lutar contra a tuberculose.

 

5. Edvard Munch

 

Edvard Munch não apenas viveu o isolamento como contraiu a gripe espanhola.
A pandemia de gripe espanhola matou milhares de pessoas em todo o mundo e mudou a vida de tantas outras. O pintor Edvard Munch não apenas viu as mudanças como contraiu a doença no início de 1919, na Noruega.

 

Vítima da pandemia, Munch sobreviveu e transformou a experiência vivida em arte. Assim que se sentiu fisicamente melhor, pintou sobre seu próprio estado físico. Obra famosa, o autorretrato criado por ele na época mostra a vulnerabilidade do pintor, o qual foi representado magro, com cabelos ralos e sentado à frente de um leito.

 

Fonte: Mega Curioso.


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