Em 1949, Joseph Campbell revolucionou a interpretação dos mitos com seu livro O Herói de Mil Faces, no qual ele apresenta um estudo minucioso sobre o modo da narrativa em diversos mitos clássicos. Dentro da obra, há um conceito chamado Monomito, que separa a estrutura da história em estágios.
De acordo os estudos realizados por Campbell, essa é uma fórmula padrão de se contar uma história e, a partir dela, ele desenvolveu doze passos que ficou conhecido como A Jornada do Herói. Desde então, tal estratégia é utilizada em quase todos os nichos para desenvolver uma narrativa. Também é por isso que obras como Senhor dos Anéis, Harry Potter e Star Wars se assemelham em vários pontos, todas elas usam a técnica para contar a jornada de seus heróis.
O estudo de Joseph Campbell foi tão eficaz e tão dissipado que, no final da década de oitenta, quando os roteirista de Hollywood sofriam com uma série crise de bloqueio criativo, o escritor Christopher Vogler se agarrou nesse conceito para tirar ele e seus colegas de trabalho da crise. Baseado em Campbell, Vogler criou um memorando para os estúdios Disney pedindo para que todos se concentrassem em uma estrutura narrativa especial. Ele então escreveu o livro A Jornada do Escritor: Estrutura Mítica para Roteiristas (The Writer’s Journey: Mythic Structure For Writers).
Sua obra ficou tão famosa quanto a do próprio Joseph Campbell e ele acabou por influenciar grandes produções seguintes, ainda hoje, essa é uma técnica bastante usada em Hollywood. E é mais ou menos por esse caminho que o live action da Mulher Maravilha se assemelha com A Pequena Sereia, a animação da Disney. A título de curiosidade e entretenimento, a Fatos Nerd selecionou certos pontos em ambas as histórias que fazem das duas produções quase um mesmo filme.
5 – Acidentes a parte
Steve Trevor foi um ponto de virada na história de Diana. Seu acidente aéreo já desperta o senso de heroísmo na princesa de Themyscira. Após o resgate, Diana não vê como pode continuar isolada na ilha sendo que pode ajudar várias pessoas ao sair de lá. O veículo do acidente do Príncipe Eric é um pouco diferente de um avião, no entanto, as cenas são bem parecidas. Uma tempestade faz com que o navio de Eric sucumba às fortes ondas do oceano. Ariel, além de ver tudo acontecer, ainda salva o príncipe. Uma atitude que também se mostra um ponto de virada em sua história.
4 – Primeiro contato
Ariel e Eric meio que se encontram antes do acidente, no entanto, o encontro não representa tanta importância como a segunda vez. Apenas por causa do resgate que Ariel conseguiu olhar um humano bem de perto pela primeira vez e é neste momento que a conexão entre eles realmente ocorre. Ariel canta para ele, uma canção que fica em sua cabeça.
Quando Diana leva Steve para a areia logo após tirá-lo da água, também é estabelecido uma conexão imediata entre os dois, além de ser a primeira vez em sua vida que Diana tem contato com um homem.
3 – Culturas diferentes
A maior parte do humor em A Pequena Sereia vem do fato de Ariel não conseguir entender corretamente o mundo humano, o que resulta em muitas cenas engradas. Por exemplo, Quando Ariel vai encontrar o príncipe Eric e precisa improvisar um vestido a partir de um pano de vela do navio. O que ela não sabe, é que isso tal procedimento é algo totalmente inaceitável no padrão social dos humanos.
Algo parecido acontece em Mulher Maravilha, quando Diana precisa trocar a vestimenta de sua terra natal por uma mais adequada ao mundo social que se encontra. No processo, a heroína aprende o quanto a roupa feminina tradicional imobiliza movimentos e não é nada confortável.
2 – Filhas de apenas um (a)
A Disney é bem conhecida por matar todas as mães em suas histórias, quase cem por cento das vezes, a heroína de suas histórias não possuem mães e com Ariel não foi diferente. A causa do falecimento de sua mãe nunca foi divulgada e ela vive com seu pai, o rei Triton, além de ser filha única. O mesmo ocorre com Diana, sem pai, com uma mãe ultra protetora e a única filha da ilha.
1 – Salvação do estúdio
Antes de A Pequena Sereia, a Disney passava por uns mal bocados. Nada do que o estúdio produzia fazia sucesso, sem contar com a crise criativa que seus roteiristas enfrentavam na época. Arivel foi um divisor de águas para a Casa do Mickey. Com um sucesso absurdo da sereia, o filme foi responsável por começar um período conhecido como Disney Renaissance (Renascimento Disney), o qual também pode ser chamado de Era de Ouro.
Bem, podemos dizer que Mulher Maravilha também teve uma história parecida. Não que o Universo Cinematográfico DC estivesse no mesmo barco que a Disney na época, no entanto, desde seu início, foi o primeiro filme a cair nas graças da crítica especializada. Diana agradou a gregos (!) e troianos e concedeu um ar novo a Warner/DC.
Concorda com a lista? A história de Diana e Ariel realmente se assemelham ou tudo isso não faz sentido algum? Comente suas impressões sobre o caso com a gente.
Fonte: Fatos Desconhecidos
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