Se Deus realmente ajuda quem cedo madruga, não se sabe ao certo, mas a verdade é que nosso sistema social nos tira da cama cedinho, por pelo menos cinco dias por semana, para que possamos trabalhar, estudar, ir para a academia e cumprir o restante de nossas tarefas diárias, sejam elas quais forem.

 

Eu, por exemplo, gosto de acordar cedo, e mesmo em férias, durante todo o mês de maio, continuei saindo da cama antes das oito da matina. Já o Diego Denck, redator aqui do Mega e meu melhor amigo, com quem divido apartamento, é do tipo que dorme até às 16h aos sábados e domingos – nunca, na vida, eu consegui fazer uma proeza dessas. Nem preciso dizer, portanto, que acordar cedo é um martírio para ele.

 

Você, que está lendo agora, possivelmente se identifica comigo ou com o Diego, certo? A questão é: por que nossos reloginhos internos parecem trabalhar de modo tão diferente? Se a função do chamado ritmo circadiano é estabelecer o ciclo de funcionamento de cada pessoa ao longo das 24 horas do dia, inclusive no que diz relação ao sono, por que algumas pessoas sofrem tanto para acordar cedo? Será que quem vai dormir mais tarde e, por consequência, acorda mais tarde, pode mudar de ritmo?

 

Más notícias para o Diego

 

A maioria das pessoas tem mais disposição durante o dia se dormem entre às 23h e às 7h. O problema é que 40% da população, o que certamente inclui o meu amigo, não consegue se encaixar nesse padrão naturalmente. O motivo? É que nossos padrões de sono são determinados por questões genéticas e, justamente por isso, é difícil alterá-los.

 

Novas descobertas feitas sobre o assunto revelaram que lutar contra nosso próprio relógio biológico não apenas não funciona como pode causar problemas à saúde – entre eles, diabetes.

 

Além disso, como disse Brian Resnick em sua publicação no Vox, é preciso entender que pessoas que dormem tarde não necessariamente são pessoas que vão ou gostariam de ir para a balada todas as noites. Não são também pessoas preguiçosas sem força de vontade – elas simplesmente não conseguem dormir muito cedo e costumam sentir a chegada do sono entre às 2h e às 3h. No dia seguinte, a sensação é parecida com a que temos quando viajamos e mudamos de fuso horário: cansaço, indisposição e sonolência.

 

Culpa da melatonina

Quem nunca?

 

Em termos biológicos, o que faz com que os ciclos circadianos das pessoas trabalhem de modo diferente é a ação de um grupo de neurônios responsáveis pelo funcionamento do chamado núcleo supraquiasmático do hipotálamo. É essa região que regula a produção de melatonina, a substância que nos induz ao sono.

 

Normalmente, ela começa a ser feita às 21h. Uma hora e meia depois, o cólon começa a reprimir os movimentos do intestino e a temperatura corporal fica mais baixa. Por volta das 4h30, a pressão arterial atinge seu pico para que às 6h45 a pessoa comece a despertar e se sinta totalmente em alerta às 10h.

 

O problema é que todo esse processo pode começar mais tarde se você for uma pessoa como o Diego, e aí acordar cedo é realmente um castigo, porque isso faz com que a pessoa literalmente brigue com o próprio corpo. Pensando nessas pessoas, Camila Kring fundou a B-society, um grupo que defende a ideia de que deveríamos trabalhar e viver de acordo com nosso melhor horário de funcionamento. Felizmente, isso já acontece com o Diego, que começa a trabalhar às 11h e, portanto, pode acordar mais tarde. Agora conte para a gente: para você, qual é o melhor horário para dormir e o melhor para acordar?

 

 Fonte: Mega Curioso 

 


Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.