Mais do que nunca, prepare a pipoca e boa sessão!

 

Se você é um fã de reality shows como o MasterChef, sabe muito bem que ver esse tipo de programa com fome é uma péssima ideia – e isso não é diferente no mundo do cinema. Assim, pensando no bem-estar do seu leitor, nós decidimos preparar uma lista com 10 obras que ficam muito melhores quando vistas com algum quitute estrategicamente posicionado ao lado da poltrona.

 

Entre produções nacionais e internacionais, a seleção conta com comédias, romances, documentários, dramas e suspenses, formando uma compilação ampla o suficiente para gourmand nenhum colocar defeito. E se, por um acaso, algum destes longas te inspirar o suficiente para sair do esquema microondas-forninho, conte para gente qual foi o prato que você preparou. Será que vale uma estrela Michelin?

 

GOSTO SE DISCUTE

O filme de André Pellenz embarca na onda da gourmetização que impactou inúmeros estabelecimentos gastronômicos e modificou a vida de diversos chefs – profissionais e amadores – nos últimos anos. Em Gosto se Discute, o diretor de Minha Mãe é uma Peça analisa o lado daqueles prejudicados pelo “raio gourmetizador” – no caso, Augusto (Cássio Gabus Mendes), chef de um restaurante cujo prestígio entra em queda livre após um moderninho food truck abrir as portas do outro lado da rua. Correndo o risco de encerrar as operações, o chef terá que suportar as sugestões e a presença de Cristina (Kéfera Buchmann), a nova gerente do local. Ah, para piorar a situação, Augusto ainda perde completamente o seu paladar. Mole mesmo, só pudim.

 

RATATOUILLE

Se você só puder levar um exemplar do cinema gastronômico para uma ilha deserta, a única resposta possível para o dilema é Ratatouille. Com esta obra, Brad Bird não só se estabeleceu como um dos melhores diretores de animação dos últimos tempos – afinal, ele também é o responsável pelos “jovens clássicos” O Gigante de Ferro e Os Incríveis -, como também fez com que o público se identificasse com os desafios e sonhos de um… rato. Protagonizado por Remy (Patton Oswalt), Ratatouille é empolgante, agridoce e inspirador, uma aventura que já abre o apetite a partir do título, que também é o nome de um famoso prato francês. Pode não ser o melhor longa da Pixar ou o mais popular do catálogo, mas é certamente um dos mais importantes do estúdio.

 

JULIE & JULIA

Selecione duas das melhores atrizes de suas gerações, coloque-as juntas e deixe que elas cozinhem por praticamente duas horas sob o comando da cineasta Nora Ephron(Mens@gem Para Você). Pronto, você tem aí a receita perfeita para um feel good movie. Julie & Julia não tem, em momento algum, a pretensão de ser um concorrente ao Oscar e, portanto, quando examinado no contexto de seu honesto objetivo de narrar a história real das personagens-título – interpretadas por Amy Adams e Meryl Streep, indicada ao Oscar pelo papel – com doçura pode ser considerado um sucesso. Não mudará sua vida, mas pode animar seu dia e te inspirar a fazer um omelete perfeito, uma cortesia da divertida Julia Childs de Streep.

 

CHEF

Antes de se tornar um dos homens de confiança de Kevin Feige dentro do Universo Cinematográfico Marvel e comandar obras milionárias como Homem de Ferro e Mogli – O Menino Lobo, Jon Favreau era um cineasta independente. E é por isso que ele decidiu retornar às raízes após o fiasco de Cowboys & Aliens: em Chef, Favreau assume os papéis de diretor, produtor, roteirista e protagonista, como fez em seu trabalho de estreia, Crime Desorganizado. Interpretando um chef de cozinha que decide abrir um food truck e rodar os Estados Unidos com seus pratos, Favreau cria um longa leve e despretensioso, recheado de todas as maravilhas da gastronomia de rua estadunidense. Chef é, de fato, um filme perigoso – não há dieta que resista.

 

PEGANDO FOGO

A carreira na gastronomia não é fácil. Nos reality shows culinários, é possível ver como os novatos sofrem com a pressão nas cozinhas e como o caminho para o topo é árduo. Para chegar à posição mais alta em um restaurante, é preciso ter disciplina e ser perfeccionista – dois elementos que tornam esta jornada tão cinematográfica. Pegando Fogo, de John Wells (Álbum de Família), explora o lado da queda. Adam Jones (Bradley Cooper) é uma estrela da gastronomia e frequentemente permite que os excessos da fama superem seu talento e suas responsabilidades. Porém, determinado a se redimir, ele aceita o desafio de tentar corrigir o curso de um restaurante de elite que, assim como ele, já viu dias melhores. Quer pratos sofisticados? Pegando Fogo é a escolha certa no menu.

 

UMA VIAGEM EXCÊNTRICA

Originados através dos episódios da série The Trip, os três filmes que compõem a trilogia iniciada por Uma Viagem Excêntrica trazem os atores e comediantes britânicos Steve Coogan e Rob Brydon interpretando versões ficcionais de si mesmos. Atacando de críticos de gastronomia contratados pelo jornal inglês The Observer, os dois amigos passam o filme inteiro simplesmente comendo, debatendo a culinária europeia e, ocasionalmente, lidando com suas personalidades conflitantes – inclusive, o slogan do filme é “Comam, bebam e tentem não se matar”. Premissa perfeita para um road movie gastronômico. E o melhor de tudo é que Uma Viagem Excêntrica é apenas a entrada: o prato principal e a sobremesa já estão garantidos com Uma Viagem para Itália e The Trip to Spain.

 

JIRO DREAMS OF SUSHI

A melhor dica para os amantes da gastronomia japonesa e dos documentários é, evidentemente, Jiro Dreams of Sushi. A não-ficção do cineasta David Gelb acompanha os passos de Jiro, um chef de 85 anos que está em busca de criar o sushi perfeito. E enquanto o pai se dedica à missão de sua vida, o filho Yoshikazu tenta tocar o restaurante da família – que possui três estrelas Michelin, maior honraria que pode ser atingida por um estabelecimento gastronômico – e agradar aos exigentes clientes do local, conhecido por preparar pratos inesquecíveis. Objetivos aparentemente impossíveis, conflitos familiares e superação de obstáculos: Jiro Dreams of Sushi tem tudo isso e um pouco mais. Segundo a crítica do The Hollywood Reporter, ver este aclamado documentário de estômago vazio é uma verdadeira tortura.

 

ESTÔMAGO

Conferir Estômago com fome é um problema duplo: primeiro porque as refeições preparadas pelo talentoso Raimundo (João Miguel) dentro e fora da prisão são um verdadeiro deleite para os olhos – é impossível não querer comer até mesmo o prato preparado com formigas pretas -; e segundo porque a sequência final pode ser ligeiramente chocante para aqueles mais fracos de… estômago. Diretores adoram trocadilhos gastronômicos, não é mesmo? Trabalho de estreia do cineasta Marcos Jorge(Mundo Cão) na ficção, o filme coestrelado por Fabiula Nascimento conquistou a crítica internacional, venceu diversos prêmios no Festival do Rio 2007 e representou o Brasil no prestigiado Festival de Berlim. Tá bom ou quer mais?

 

OS SABORES DO PALÁCIO

Descrito como um “filme fascinante” que “combina o roteiro dramático com a montagem e trilha sonora cômicas, a grandiosidade com a pequeneza, o público com o particular” pela crítica, Os Sabores do Palácio, comédia dramática de Christian Vincent (A Corte), também é um belíssimo exemplar do cinema de gastronomia. Ao narrar a história de Hortense Laborie (Catherine Frot), chef que é contratada para ser a cozinheira pessoal do presidente francês, Vincent não só cria um filme bem-humorado como também consegue lançar um olhar sociológico à realidade de seu país. É como juntar chocolate e bacon em uma sobremesa: parece que vai dar errado, mas o resultado é delicioso.

 

SOUL KITCHEN

Vencedor do prêmio do júri no Festival de Veneza, Soul Kitchen pode ser um dos filmes mais “leves” do turco-alemão Fatih Akin (Em Pedaços), mas isso não significa dizer que este seja um longa despretensioso. Na dramédia, o cineasta coloca o “chef” (Adam Bousdoukos) de um restaurante de quinta categoria – a Soul Kitchen do título – frente a frente com um temperamental chef de elite (Birol Ünel) e força os dois a trabalharem juntos. Desastres acontecem e pratos perfeitos surgem em Soul Kitchen, um verdadeiro banquete de excessos que celebra a união das raízes de diferentes povos europeus – ligação cada vez mais abalada por causa do atual acirramento da xenofobia e do racismo, infelizmente.

 

Fonte: Adoro Cinema


Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.