Pela perspectiva da direção e produção independentes, Cristiano Burlan propõe uma reflexão sobre os meios e modos de produção e realização do documentário no Brasil, buscando compreender se existe uma distinção entre documentário e ficção.
Por meio da experiência com a Trilogia do Luto, composta pelos filmes Mataram Meu Irmão, Elegia de um Crime e Construção, Cristiano aborda as possibilidades de realizar filmes autobiográficos, em primeira pessoa, que propõem diálogos sobre a violência na periferia através de problemáticas pessoais.
Cristiano Burlan nasceu em Porto Alegre. É diretor de cinema e teatro e professor. Sua filmografia contém mais de 20 filmes, entre ficções e documentários. Realizou a Tetralogia em Preto e Branco composta por quatro longas-metragens sobre a cidade de São Paulo: Sinfonia de Um Homem Só, Amador, Hamlet eFome (premiado no último Festival de Brasília do Cinema Brasileiro).
Seu documentário Mataram Meu Irmão (2013) foi o vencedor do É Tudo Verdade 2013, angariando os prêmios de Melhor Filme do Júri Oficial e da Crítica; do 4º Festival Sesc de Melhores Filmes como Melhor Documentário do Ano; e do Prêmio do Governador do Estado de São Paulo como Melhor Filme. Em 2016, escreveu o roteiro do longa-metragem A Mãe, que foi selecionado para o 7º Brasil CineMundi – International Coproduction Meeting e ganhou o prêmio de co-produção internacional para participar do Cinélatino, Rencontres de Toulouse – France.
Em 2018, lançou o longa-metragem de ficção em que dirigiu e roteirizou,Antes do Fim, co-produção com o Canal Brasil que tem como protagonistas Helena Ignez e Jean-Claude Bernardet. No mesmo ano, estreou no Festival É Tudo Verdade, em competição, o documentário Elegia de um Crime, sobre o assassinato de sua mãe; o filme encerra a Trilogia do Luto, composta também por Construção e Mataram Meu Irmão.