O Auto da Barca do Inferno no qual há duas barcas que conduzem os mortos, conforme seus comportamentos em vida, ao Paraíso ou ao Inferno, ou seja, Anjo e Diabo decidem o futuro das personagens. Gil Vicente retrata a sociedade portuguesa de sua época, com seus vícios e dramas. Seus personagens assumem um caráter simbólico, não sendo identificados por nomes e sim pelas atividades que exercem ou por seu traço social. O diretor José Paulo Rosa fez uma tradução da obra para o português do Brasil atual para facilitar o entendimento do espectador sem, contudo, deixar nenhuma personagem de fora. José Rosa também obedeceu à musicalidade, não deixou de apresentar trocadilhos, ditos populares e elementos cômicos, características marcantes do autor.
