Machado de Assis já era, no século XIX, um escritor do século XX e se eternizou. Sempre trabalhou com temas comuns mas obscuros: a crueldade, o bem e o mal, a morte, a ingratidão, o adultério, o egoísmo, a vaidade; tudo isso a partir das ações de seus personagens. Nessa obra, Brás Cubas narra suas memórias e inicia dizendo que o sepulcro é um outro berço. Mistura morte, vida, e sua ideia fixa de salvar a humanidade com seu emplasto. Na adaptação para o teatro, o diretor colocou em cena dois Brás Cubas, o morto e o vivo. A narrativa é contada pelo morto, que acompanha o desenrolar de sua vida e, apesar de sua condição de defunto, não deixa de emitir suas opiniões sobre a hipocrisia humana com a ironia característica de Machado de Assis.