Enquanto no Brasil, o contexto socioeconômico abre portas para quem pretende (e pode) apostar no empreendedorismo – ainda que diante dos inúmeros desafios – na Suécia, administrar o sonho do próprio negócio é mais que fruto de desilusão profissional ou reação ao desemprego.

 

Isso porque, no país escandinavo, trabalhadores com empregos fixos tem o direito de se afastar por seis meses para abrir uma empresa. Na Suécia, licença para empreender é um direito legal garantido. Com a lei, espera-se, apenas, que os funcionários retornem à mesma posição de antes após o período de licença.

 

Em entrevista à BBC, a pesquisadora de empreendedorismo e sistemas de informação na Escola de Economia de Estocolmo, Claire Ingram Bogusz comentou sobre a iniciativa: “Até onde sei, este é o único país que oferece um direito legalmente consagrado de tirar uma licença para o empreendedorismo. É comum que as pessoas tenham permissão do empregador para iniciar algo desde que isso não interfira com o emprego, e, uma vez que o negócio esteja funcionando, tirem então uma licença para ver se realmente conseguem fazer só aquilo na vida”.Além disso, segundo ela, a prática é comum entre  empreendedores altamente qualificados que criam empresas de tecnologia.

 
Pioneiro em inovação
 
Com uma população de apenas 10 milhões de pessoas, a Suécia ostenta, hoje, o fato de ser um dos países mais inovadores da Europa.
 
Entres os motivos para o feito, destacam-se infraestrutura digital, cultura de colaboração e, sobretudo, seguro desemprego privado acessível, garantindo assim alguma segurança social à população.
 
Coincidentemente, os números mostram uma crescente demanda pela licença. Se em 2007, o número de licenciados entre 25 e 54 anos era de 163 mil pessoas, dez anos depois o número chegou a 175 mil. Além disso, cerca de 48.542 empresas foram registradas em 2017, em comparação as 27.994 de 2007.

 

Fonte: Catraca Livre


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