Bem antes de serem “as tais Frenéticas”, Dulcilene de Moraes (Dhu Moraes) e Sandra Pêra se conheceram em 1972, nos ensaios do musical POBRE MENINA RICA. O compositor Carlos Lyra assinava a direção, o texto e as músicas, compostas em parceria com Vinícius de Moraes. A identificação entre as duas foi imediata e, desde então, a amizade entre Dhu e Sandra segue rendendo frutos e projetos.
Com tantas histórias para contar e canções para cantar, surgiu a ideia de montar um espetáculo no qual Dhu e Sandra dividem histórias e passagens divertidas dos bastidores da música e do teatro, nesses mais de 40 anos de parceria. Com direção musical do guitarrista Mimi Lessa, amigo desde o início das Frenéticas. O roteiro e a direção do show são do jornalista e escritor Rodrigo Faour, que colaborou com sugestões musicais para a dupla.
“Nós fizemos duas apresentações com um repertório escolhido nos ensaios na minha casa, com a Dhu e o Mimi Lessa, nosso maestro e arranjador, além de amigo. A ideia inicial era contarmos um pouco da nossa história musical. O Rodrigo Faour veio assistir e, num cantinho, fez críticas muito interessantes: graças a Deus temos bons ouvidos para críticas!”, conta Sandra Pêra sobre o espetáculo
“Levei então um monte de músicas diferentes e elas gostaram de quase todas, daí selecionamos as mais interessantes. Reorganizei o roteiro, puxando pelo lado mais irreverente das duas. Este show, aliás, é uma grande farra, mas não deixa de ser um soco na caretice atual, pois os ideais de liberdade e pró-diversidade sexual dos hits “Perigosa” e “Dancin’days” continuam atualíssimos. Por isso dei o título de Duas feras perigosas”, pontua Rodrigo Faour.