Você sente que os dias passam rápidos demais? Saiba que se você vivesse há 70 milhões de anos, eles seriam ainda mais ligeirinhos: cientistas descobriram que, naquela época, os dias possuíam cerca de 30 minutos a menos do que atualmente.
Essa curiosa descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade de Bruxelas, na Bélgica, que analisaram a concha de um molusco do final do Cretáceo atrás de minúsculas camadas para calcular a duração dos dias. Assim, foi possível determinar que os dias possuíam 23h30, enquanto os anos tinham 372 dias. O processo é semelhante a contar os anéis dos troncos das árvores para calcular a sua idade, mas desta vez feito de maneira microscópica.
Isso não é necessariamente uma grande novidade, já que os cientistas notam que a rotação da Terra está cada vez mais lenta, sendo influenciada pela gravidade da Lua. A descoberta, porém, pode ajudar a explicar melhor a origem do nosso planeta e seu satélite natural, além da relação de poder que cada um exerce sobre o outro.
A concha utilizada para a pesquisa pertenceu ao extinto molusco Torreites sanchezi, que ocupavam um espaço que hoje é preenchido pelos recifes de corais. Por possuir finas camadas de crescimento diário, ele seria o animal perfeito para calcular a duração dos dias em tempos tão remotos. Essa compreensão pode mudar a maneira como vemos o passado, afinal, costumávamos contá-lo através do conceito de dia que possuímos atualmente.
O molusco em questão viveu 9 anos nas profundezas do mar quente da costa de Omã, no Oriente Médio. Além de determinar a duração dos dias, o fóssil analisado também apresenta padrões sazonais, que permitiram calcular a quantidade de anos que ele viveu. Através das camadas, com espessuras de nanômetros, foi possível determinar que esse molusco se desenvolvia principalmente à noite.
“Isso é bastante raro para um bivalve, e poucas espécies têm isso. Assim, é foi possível entender como esses bivalves se tornaram tão bem-sucedidos e como puderam assumir o papel de construtores de recifes dos corais na época dos dinossauros”, explica Niels de Winter, cientista responsável pela descoberta, ao Gizmodo.
Fonte: Mega Curioso.
Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.