Os gatos têm uma reputação de serem distantes e independentes – mas este estudo sobre como os gatos domésticos respondem aos seus cuidadores sugere que suas habilidades sócio-cognitivas e a profundidade de seus vínculos humanos foram subestimadas.
As descobertas relatadas na revista Current Biology em 23 de setembro podem ter sido as primeiras a mostrar que, assim como crianças e cães, os gatos de estimação formam laços seguros e inseguros com seus cuidadores humanos.
Os resultados sugerem que essa capacidade de ligação entre as espécies deve ser explicada por características que não são específicas dos caninos, dizem os pesquisadores.
“Como os cães, os gatos demonstram flexibilidade social em relação à ligação com os seres humanos”, disse Kristyn Vitale, da Universidade Estadual do Oregon. “A maioria dos gatos está firmemente ligada ao dono e os usa como fonte de segurança em um ambiente novo”.
Uma maneira reveladora de estudar o comportamento de apego humano é observar a resposta de uma criança a uma reunião com seu cuidador após uma breve ausência em um ambiente novo. Quando um cuidador volta, os bebês seguros retornam rapidamente à exploração relaxada, enquanto indivíduos inseguros se envolvem em comportamentos excessivos de apego ou evasão.
Testes semelhantes haviam sido realizados antes com primatas e cães, então Vitale e seus colegas decidiram executar o mesmo teste, só que desta vez com gatos.
Durante o teste, um gato ou gatinho adulto passou dois minutos em uma sala nova com seu cuidador, seguido por dois minutos sozinho. Então, eles tiveram uma reunião de dois minutos. As respostas dos gatos ao ver seus donos novamente foram classificadas em estilos de apego.
Os resultados mostram que os gatos se unem de uma maneira surpreendentemente semelhante aos bebês. Nos seres humanos, 65% das crianças estão firmemente ligadas ao cuidador.
“Gatos domésticos espelharam isso muito de perto”, diz Vitale. De fato, eles classificaram cerca de 65% dos gatos e gatinhos como firmemente ligados ao seu povo.
Os resultados mostram que os apegos humanos dos gatos são estáveis e presentes na idade adulta. Essa flexibilidade social pode ter ajudado a facilitar o sucesso da espécie em lares humanos, diz Vitale.
Os pesquisadores agora estão explorando a importância desse trabalho em relação aos milhares de gatinhos e gatos que acabam em abrigos de animais. “Atualmente, estamos analisando vários aspectos do comportamento do apego de gatos, incluindo se a socialização e as oportunidades de promoção afetam a segurança do apego em gatos de abrigo”, disse Vitale.
Fonte: Good News Network
Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.