A virologista dra. June Almeida desenvolveu uma técnica inovadora para a identificação de vírus ainda na década de 1960. Com um novo método simples e revolucionário, a médica conseguiu ser a primeira pessoa a identificar o coronavírus e o vírus da rubéola, além de ter ajudado a divulgar imagens em alta resolução do HIV. Sua técnica até hoje ajuda cientistas a detectar vírus com rapidez e precisão.
Quando os cientistas observam as imagens microscópicas, enxergam uma série de estruturas, não sendo possível identificar o que é uma célula, um vírus ou outro organismo. A técnica desenvolvida pela virologista utiliza pequenas partículas revestidas de anticorpos retirados de pacientes infectados para localizar os vírus.
Como os anticorpos, por sua própria natureza, são atraídos para a região em torno dos vírus, alertando para a sua presença, fica fácil diferenciá-los dos outros organismos na imagem do microscópio. A técnica permitiu que os médicos pudessem usar a microscopia eletrônica para diagnosticar infecções virais em pacientes.
Médica brilhante não tinha curso superior
Tudo isso é ainda mais impressionante porque a dra. June Almeida nunca concluiu a educação formal. Filha de um motorista de ônibus escocês, June era uma estudante brilhante e queria continuar os estudos, mas não tinha dinheiro suficiente para cursar uma universidade.
Ela começou a trabalhar como técnica de laboratório na enfermaria real de Glasgow, Escócia, onde analisava amostras de tecido com microscópios. Depois, se mudou para um trabalho semelhante no Hospital St. Bartholomew, em Londres, onde conheceu seu futuro marido.
O casal de mudou para o Canadá, onde June conseguiu um emprego com microscópios eletrônicos no Ontario Cancer Institute, em Toronto. Lá, a médica desenvolveu novas técnicas de visualização e publicou inúmeros trabalhos descrevendo novas estruturas de vírus.
A descoberta do coronavírus
As habilidades da dra. June Almeida começaram a ganhar reconhecimento quando a médica voltou a trabalhar em Londres, desta vez no St. Medical’s Hospital Medical School. O dr. David Tyrrell supervisionava uma pesquisa que tentava identificar um vírus semelhante à gripe chamado “B814”, coletado de um estudante doente, mas não conseguia identificá-lo em laboratório.
Com a falha das técnicas tradicionais, a dra. June foi chamada para aplicar seu método inovador para visualizar o vírus desconhecido. Ela e sua equipe foram as primeiras pessoas a observarem os pinos em volta do organismo formando uma auréola parecida com a coroa do Sol e, por isso, o vírus foi batizado de coronavírus.
Fonte: Mega Curioso
Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.