Um estudo recente publicado no período científico Peerj traz novas evidências sobre os alossauros norte-americanos, além da descoberta do Allosaurus jimmadseni. Esses ágeis carnívoros viveram entre 152 milhões e 157 milhões de anos atrás, em pleno Período Jurássico, em regiões que compreendem os estados de Utah, Wyoming e Colorado. Eles eram os principais predadores da área, caçando até mesmo herbívoros de grande porte, como o diplodoco e o estegossauro.
Os paleontologistas Mark Loewen, do Museu de História Natural de Utah, e Daniel Chure, do Dinosaur National Monument, usaram dois esqueletos quase completos de A. jimmadseni para o estudo: a amostra DINO 11541, encontrada em 1990 em Utah, e a MOR 693, achada no ano seguinte em Wyoming. Também foram incluídos diversos ossos fossilizados de alossauro para avaliar se pertenciam a essa classe de dinos.
Ainda não há um consenso entre pesquisadores sobre a quantidade de espécies de alossauros que viveram na Formação Morrison, onde os esqueletos do novo estudo foram encontrados: há defensores de 1 a 12 raças. Após as evidências coletadas, Loewen e Chure acreditam ter havido apenas 2 . Além da A. jimmadseni, foco da pesquisa, caminhou sobre o primitivo solo norte-americano a A. fragilis, espécie já detalhada pela ciência.
Família de predadores
A pesquisa mostra que o A. jimmadseni foi provavelmente a primeira espécie alossauroide a caminhar pela Terra. Com 8 metros a 9 metros de comprimento e pesando quase 2 toneladas, esse predador voraz ocupou as planícies alagadas do oeste norte-americano no fim do Período Jurássico. Ele era um terópode (bípede com três dedos ocos) que usava suas garras afiadas e cerca de 80 dentes serrilhados para caçar a presa que quisesse. Ele teria evoluído cerca de 5 milhões de anos antes de seu primo mais famoso, o A. fragilis.
Para Chure, a existência do A. jimmadseni é empolgante, pois muitos segredos pré-históricos ainda devem estar escondidos. “O reconhecimento de uma nova espécie de dinossauro em rochas que foram intensamente estudadas por mais de 150 anos é uma excelente experiência de descoberta”, detalhou o paleontólogo. Ele se refere à Formação Morrison, uma sequência de rochas sedimentares do Jurássico Superior que se espalha por vários estados dos Estados Unidos e é a mais fértil fonte de fósseis da América do Norte.
A principal característica que diferencia a nova espécie da já conhecida é a estrutura do crânio. A cabeça do A. jimmadseni era mais curta e estreita, com cristas faciais que se projetavam dos chifres em frente aos olhos. Além disso, seu campo de visão estereoscópico era mais estreito e seu crânio era menos resistente, como se fosse um rascunho do que ainda viria na evolução da espécie: justamente o A. fragilis, o voraz primo mais novo.
Fonte: Tecmundo
Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.