O universo é vasto e misterioso. Esse vácuo, conhecido como espaço, é ainda uma grande incógnita para os seres humanos e esconde segredos inimagináveis. Existem diversas teorias sobre o início disso tudo, e uma delas é o Big Bang. Essa análise se baseia em um ponto de densidade infinita. Como diz o próprio nome, houve uma enorme explosão e sua onda de expansão gerou e moldou o cosmos. Após isso, surgiu toda a matéria, incluindo os conceitos de espaço e tempo. Existem diversas estrelas, planetas e astros que compõem toda essa imensidão.

E a cada segundo, morre uma estrela no universo. Mas esses objetos estelares não somem totalmente. Eles sempre deixam algo para trás. Algumas estrelas entram em supernova e acabam gerando um buraco negro ou uma estrela de nêutrons. E a maior parte delas se transforma em uma anã branca, que nada mais é do que o núcleo da estrela que estava ali antes.

Um novo estudo descobriu que as anãs brancas tem uma contribuição muito maior para a vida no cosmos do que era imaginado. A pesquisa foi publicada na revista “Nature Astronomy”, e mostra que as anãs brancas são a origem principal dos átomos de carbono na galáxia. Esse é um elemento químico fundamental para a existência da vida.

Quando o combustível de estrelas do mesmo tipo que o sol, anãs amarelas, acaba elas se tornam anãs brancas . Na verdade, 90% das estrelas de todo o universo se transformam em anãs brancas.

Estrelas

Elas são corpos de alta densidade e muito quentes. As temperaturas das anãs brancasa tingem cem mil graus Celsius. Mas elas esfriam depois de bilhões de anos e perdem seu brilho a medida que o material externo é expelido. Mas antes de entrar em colapso, o material é transportado através do espaço pelo vento gerado pelas próprias estrelas.

São esses restos estelares que são ricos em átomos como o carbono. O carbono é o quarto elemento mais comum pelo universo. Além de ser um elemento fundamental para a existência da vida como nós conhecemos. Ele é o elemento fundamental para a maior parte das células vivas.

Todo carbono, e a grande maioria dos outros elementos, encontrado no universo foi originado das estrelas. Por isso, dizer que somos feitos de estrelas não é uma coisa poética, mas sim uma afirmação científica. Mas os astrônomos não tinham certeza de qual era o tipo de estrela que dissipava o maior volume de carbono pelo universo.

Nesse novo estudo, os pesquisadores usaram as observações de estrelas anãs brancas que estavam em aglomerados de estrelas, que são grupos grandes de milhares de estrelas que se formam, relativamente, no mesmo tempo. Essas observações foram feitas pelo Observatório astronômico havaiano W. M. Keck, em 2018.

Átomos

Os astrônomos mediram as relações entre a massa inicial e final das anãs brancas. O que quer dizer a relação entre a massa da estrela, quando ela se formou e sua massa final já como uma anã branca.

Eles observaram que, geralmente, quanto mais massiva é a estrela inicial, maior vai ser a anã branca no final. Entretanto, uma coisa estranha foi observada. As massas finais eram maiores do que as que os astrônomos tinham antecipado como base a massa inicial.

Segundo Paola Marigo, pesquisadora da Universidade de Pádua, Itália, e autora principal do estudo, o estudo identificou essa diferença entre a massa inicial e a final como sendo uma assinatura de síntese de átomos de carbono. Coisas que as estrelas de pouca massa fazem na Via Láctea.

Os pesquisadores concluíram que as estrelas maiores, que tem mais de duas massas solares, também contribuem para o aumento galático de átomos de carbono. Mas as estrelas que são menores que 1,5 sóis não.

O estudo mostra que o carbono da nossa galáxia estava na matéria-prima que chegou a formar o nosso sistema solar há 4,6 bilhões de anos.

 

Fonte: Inverse 


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