Desde o surgimento do novo coronavírus, pudemos acompanhar o rápido aumento das contaminações. Todos nós sabemos que vivemos uma pandemia da doença que surgiu em Wuhan, na China. E  por conta da sua alta mortalidade, autoridades do mundo inteiro estão em estado de alerta. Países inteiros adotaram o distanciamento social, assim como foi indicado pela Organização Mundial da Saúde. Esse é, até o momento, o melhor método para frear o avanço da doença.

Por isso uma grande porcentagem de pessoas, ao redor do mundo, está vivendo isolada para que a disseminação do coronavírus possa ser reduzida. No entanto, essa tarefa é mais difícil do que parece, já que estamos tão acostumados com a interação social.

Essa medida é basicamente para evitar aglomerações de pessoas a fim fazer com que a COVID-19 não se espalhe ainda mais. E desde que foi declarada a pandemia, vários estabelecimentos comerciais e eventos de grande público estão sendo fechados, cancelados ou adiados temporariamente.

Depois de meses em casa por conta do coronavírus, alguns países começam a flexibilizar as regras do isolamento social. E as atividades começam a voltar gradualmente. Em Singapura, por exemplo, um cachorro robô  foi colocado em um parque da cidade para lembrar as pessoas de respeitarem o distanciamento social.

Parque

Por mais que em alguns casos as pessoas já possam sair de suas casas, as regras de distanciamento social ainda permanecem em vigor. E um dos lugares que ele parece ser difícil de ser colocado na prática são os parques e bosques. Pesando nisso. o estúdio de arquitetura austríaco Precht fez um projeto bastante curioso.

“O projeto começou com a gente se perguntando o que fazer com os parques e áreas verdes que foram fechadas durante a pandemia. Como poderíamos fazer um parque que funcionasse nestas condições, algo que pudesse se transformar em uma diretriz de como lidar com as atuais regras do distanciamento físico. Quais são as lições que podemos tirar desta situação e como fazer algo que possa funcionar também depois de superada a crise?”, explicou Chris Precht.

O estúdio projetou como seria um parque que integraria as regras do distanciamento social. E o resultado ficou uma coisa bem distópica, digna de filmes de terror e até um pouco assustador.

Projeto

Chamado de “parque à distância” é uma proposta do estúdio para ocupar um espaço vago em Viena. O parque é feito no formato de um labirinto. E os caminhos dele são paralelos uns aos outros e nunca se encontram. O projeto com certeza evita o contágio e também o contado com toda e qualquer outra pessoa, seja ela conhecida ou desconhecida. É um conceito bastante individualista de aproveitamento da parte externa da cidade.

Por mais que o design assuste um pouco no começo, a excelência do projeto é irrefutável. Quando ele é visto de cima, o parque tem uma impressão digital com um padrão ondulado e caminhos que se voltam para o centro. E depois fazem com quem esteja visitando o parque continue andando e indo para fora desse loop.

Objetivo

Um caminho individual tem aproximadamente 600 metros. O que uma pessoa leva mais ou menos 20 minutos para percorrer. O parque não é propício para deitar na grama e fazer um piquenique com os amigos. Mas ele é pensado e adaptado para a situação atual que estamos vivendo. E a necessidade de solidão e calma no meio do caos.

“Decidimos desenhar um parque que permitisse que as pessoas pudessem sair de casa mas preservando uma distância física e segura entre elas. Após a pandemia, o parque poderia ser utilizado como um refúgio. Um lugar protegido do barulho e da agitação da cidade. Eu vivi em muitas cidades grandes como Viena, mas acho que nunca tive a oportunidade de ficar sozinho em um parque. Acho que esta pode ser a maior contribuição deste projeto”, conclui.

 

Fonte: Arch daily


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