As placas tectônicas do nosso planeta são grandes blocos rochosos semirrígidos que compõem a crosta terrestre. Todas estão conectadas umas às outras e quando uma se move, interage com outra placa localizada no lado oposto do planeta. Ao todo, a Terra se divide em 14 placas tectônicas principais.

Se é sabido tudo isso, teoricamente, seria fácil saber como essas placas se formaram. Mas o conhecimento sobre esse mecanismo planetário é bem escasso. Mas os pesquisadores da China, Hong Kong e Estados Unidos propuseram uma nova hipótese. Ela parece ser incrivelmente parecida com uma ideia que foi descreditada décadas atrás, mas que agora está sendo revisada.

Já fazem cerca de 3,3 a 4,4 bilhões de anos que as placas tectônicas se movimentam em torno da superfície da Terra. Mas alguns bilhões de anos desse movimento tectônico e reciclagem da crosta dificultaram bastante descobrir como o nosso planeta passou a ter placas tectônicas em primeiro lugar.

Alguns anos atrás, os pesquisadores fizeram um modelo que mostrava que as placas tectônicas se formaram pela primeira vez em um processo parecido com o que elas continuavam a mudar. Ou seja, com algumas partes da crosta terrestre mergulhando abaixo de outras e começando uma reação em cadeia de empurrões em pedaços de crosta. E isso teria durado milênios.

Hipótese

Agora, a nova pesquisa apresenta um modelo que mostra uma coisa bem diferente. Os pesquisadores propõem que bilhões de anos atrás a concha, recentemente formada, da Terra ficou quente e isso causou uma expansão da concha. Isso levou a uma fratura que como resultado é o que conhecemos hoje como placas tectônicas.

“Aqui usamos modelos de casca esférica 3D para demonstrar um mecanismo de fratura auto-organizado análogo ao  levantamento litosférico impulsionado pela expansão térmica”, escreveram os pesquisadores.

Mas a hipótese da expansão da Terra não é uma ideia nova. Nos anos 1800, essa hipótese foi proposta para explicar como características geográficas, como montanhas por exemplo, poderiam ter sido formadas. Mas a hipótese acabou sendo descartada quando as placas tectônicas foram descobertas.

Entretanto, o cenário não é o mesmo apresentado na época de Darwin. A diferença crucial é onde a Terra desabafou todos esses anosa trás. “A resposta está na consideração dos principais mecanismos de perda de calor que poderiam ter ocorrido durante os primeiros períodos da Terra”, disse Alexander Webb, cientista planetário da Universidade de Hong Kong.

“Se a advecção vulcânica, transportando material quente da profundidade para a superfície, foi o principal modo de perda de calor precoce, isso muda tudo”, continuou.

Placas

E tudo se resume em se a perda de calor do planeta aconteceu por condução, irradiando de forma igual pela Terra, durante um longo período de tempo, ou então se os vulcões expeliram lava de dentro do planeta para a superfície onde esfriou.

Essa junção de material resfriado iria acabar afundando e esfriando a litosfera. Desacelerando os vulcões junto com o resfriamento geral da Terra. E isso teria aprisionado o calor interno do planeta que se expandiu para a crosta fazendo com que ela rachasse e formasse as placas tectônicas.

“Nossas experiências numéricas mostram que as fissuras poligonais podem se desenvolver na superfície da Terra em resposta a processos litosféricos rasos, com junções triplas como subprodutos da fratura. O rápido desenvolvimento da rede de fraturas em cada experimento ocorre em cerca de 1 km de expansão total. E leva 5 milhões de anos”, disseram os pesquisadores.

O estudo é somente uma hipótese e ainda estamos muito longe de entender o que aconteceu com o planeta antigamente para que tivesse como resultado as placas tectônicas.

 

Fonte: Science alert


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