Mesmo abundante, ela não pode ser vista, coletada, analisada, mas está lá – o efeito gravitacional que a matéria escura exerce é tão grande que foi possível estimar que ela constitui 80% da massa do Universo. Investigar como ela surgiu pode dar pistas sobre o que ela é e qual seu papel no equilíbrio cósmico.

 

“A matéria escura é uma coleção de partículas elementares? Em caso afirmativo, quais são as propriedades dessas partículas? Que forças elas exercem e quais interações experimentam? Quando a matéria escura foi criada e quais estruturas desempenharam um papel importante na sua formação?” disse o astrofísico Andrew Long, da Universidade Rice, coautor do estudo publicado agora no The Physical Review Letters.

 

O consenso é que ela surgiu após o Big Bang, o evento que deu origem ao nosso Universo; mas como ela se formou? Foi nisso que Long e mais os físicos Michael Baker, da Universidade de Melbourne, e Joachim Kopp, da Universidade Johannes Gutenberg de Mainz, se concentraram.

 

Sopa borbulhante

 

O tempo e o Universo ainda não haviam contado um nanossegundo e partículas eram criadas, chocavam-se e aniquilavam-se umas às outras – o caos anterior ao cosmos, que naquele momento era uma sopa primordial incrivelmente quente e densa de partículas elementares de energia extremamente alta.

 

Quando o Universo começou a se expandir e o plasma, a esfriar, a produção de novas partículas foi interrompida. As que existiam pararam de se chocar, e as que sobreviveram ao início infernal do cosmos são as chamadas “relíquias térmicas” – prótons, nêutrons e tudo o mais que constitui a matéria.

 

Fonte: Tecmundo.


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