Especialista aponta os principais avanços no procedimento para perda de peso e seu reflexo na qualidade de vida dos pacientes
Introduzida no Brasil nos anos 1990, a cirurgia bariátrica passou por uma autêntica revolução nas últimas duas décadas O número de procedimentos no país pulou de 34 mil para quase 70 mil em oito anos. Cirurgias cada vez menos invasivas, realizadas através de minúsculas incisões e visualizadas em monitores de altíssima resolução, grampeadores inteligentes, bisturis ultrassônicos, braços robóticos e outras tecnologias chegaram para aumentar a segurança, o conforto e a efetividade do tratamento da obesidade.
Os programas de treinamento desenvolvidos pelas sociedades médicas trouxeram aperfeiçoamento e qualificação aos profissionais de saúde, incluindo os cuidados no pré e pós-operatório, refletindo também numa melhor experiência do paciente.
A descoberta de mecanismos independentes da perda de peso para controlar, e muitas vezes até eliminar o diabetes, adicionou o conceito de cirurgia metabólica: as vantagens não se resumem, portanto, à eliminação dos quilos a mais. O procedimento dá uma vida nova a pessoas com graus menores de obesidade que antes não conseguiam controlar a glicose, a pressão e o colesterol.
Diversos estudos demonstram os benefícios da cirurgia por seu potencial de reduzir o risco de infarto e derrame. Com isso também cai pela metade os índices de mortalidade cardiovascular nessa população.
A restrição do estômago com uso de anéis e outros artifícios, e a exclusão de grandes porções do intestino — que causavam, em algumas pessoas, intolerância alimentar, vômitos e diarreia — foram deixados de lado. E o entendimento do papel do intestino como regulador da fome, da saciedade e do gasto de energia refletiu-se em menos efeitos colaterais e uma vida mais plena.
A experiência adquirida nesse século transformou um procedimento complexo e delicado em um ato tão, ou mais seguro, que qualquer outro realizado pelos centros cirúrgicos brasileiros. Infelizmente, todo esse avanço não é suficiente para dar conta da epidemia de obesidade no país, mas é um alento àqueles que penam com as formas mais agressivas dessa doença tão subestimada.
Fonte: Saúde Abril.
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