Entre os milhares de planetas, satélites naturais e galáxias que habitam o universo, a Terra foi abrigada por uma em especial, a Via Láctea. Diversas explosões, nascimentos e mortes de estrelas, o espaço que conhecemos é um gigante em mutação constante. Físicos e astrônomos tem observado há centenas de anos os céus. Estudando suas variáveis e o comportamento dos astros em busca de respostas e de melhor compreender seus mistérios.

Segundo um novo mapa da Via Láctea, a posição do nosso sistema solar não está onde era imaginado. Ele não está apenas mais perto do centro e do buraco negro supermassivo nele, Sagitário A. Mas também está orbitando mais rápido.

No entanto, não há com o que se preocupar. Até porque não estamos realmente indo para mais perto de Sagitário A. Então, não corremos o risco de ser sugados. Ao invés disso, o mapa da Via Láctea foi ajustado e identificado com uma precisão maior do lugar onde sempre estivemos.

Através dessa pesquisa foi demonstrado como é complicado mapear uma galáxia em três dimensões dentro dela. Esse problema há muito tempo devora a compreensão dos fenômenos espaciais.

Via Láctea

Isso porque é relativamente fácil mapear as coordenadas bidimensionais das estrelas e de outros objetos cósmicos. No entanto, as distâncias a esses objetos  são bem mais difíceis de serem calculadas. E essas distâncias são importantes porque ajudam a determinar o brilho intrínseco dos objetos.

Um exemplo disso é a estrela  Betelgeuse. Que se mostrou mais perto da Terra do que era sugerido pelas medições anteriores. Isso significa que ela não era tão grande e brilhosa como se  pensava anteriormente.

Felizmente, esses cálculos estão sendo melhorados através de pesquisas que usam as melhores tecnologias e técnicas disponíveis. Elas trabalham duro para refinar os mapas tridimensionais da Via Láctea. Esse campo é conhecido como astrometria. E uma delas é a pesquisa de radioastronomia VERA.

VERA quer  dizer VLBI, ou seja Very Long Baseline Interferometry. E ela usa uma série de radiotelescópios em todo o arquipélago japonês junto com seus dados para conseguir produzir a mesma resolução de um telescópio com 2.300 quilômetros prato de diâmetro.

Observações

Foi em 2000 que VERA começou fazer suas observações. E foi projetado para ajudar os pesquisadores a calcular as distâncias para as  estrelas emissoras de rádio. Então, através da sua incrível resolução ele observa as estrelas por mais de um ano. Além de observar também como sua posição muda com relação as estrelas, que estão muito mais distantes quando a Terra orbita o sol.

Através dessa mudança de posição, é possível calcular a distância que uma estrela está do nosso planeta. No entanto, nem todas as observações de paralaxe são criadas da mesma forma.

O VLBI consegue produzir imagens de resolução muito mais alta. E o VERA tem uma resolução angular d  10 milionésimos d  um segundo arco. Isso faz com que as medições sejam de uma precisão extraordinádia.

Posição

E foi isso que os astrônomos usaram, para ver realmente a posição do nosso sistema solar na Via Láctea. Eles se basearam no primeiro Catálogo de Astrometria VERA de 99 objetos, além de outras observações. Então os astrônomos criaram um mapa de posição  e velocidade desses objetos.

Depois disso, com esse mapa, eles calcularam a posição do centro galático. Em 1985, a União Astronômica Internacional definiu a distância até o centro galático como 27.700 anos-luz. Em 2019, a colaboração GRAVITY aproximou para 26.673 anos-luz de distância.

Agora, as medições do VERA aproximaram o centro galático mais ainda. Ele está a 25.800 anos-luz. Além disso, a velocidade orbital do sistema solar também é mais rápida do que se pensava. É de 227 quilômetros por segundo, ao invés de 220 como se pensava.

 

Fonte: Fatos Desconhecidos


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