Um estudo conduzido por especialistas do Centro Médico Shamir, em Israel, descobriu que quem recebeu a vacina BCG durante a infância não tem uma proteção maior contra a Covid-19. A conclusão foi publicada no Journal of the American Medical Association (JAMA) no fim de abril.

 

Com a disseminação do novo coronavírus ao redor do mundo, alguns especialistas teorizaram que a vacina BCG protegeria contra o Sars-CoV-2. Isso porque a medicação é utilizada para prevenir outra doença respiratória, a tuberculose.

 

As crianças nascidas em Israel receberam a BCG rotineiramente como parte de um programa nacional de imunização entre 1955 e 1982, quando a cobertura da vacina foi superior a 90%. Desde 1982, entretanto, apenas imigrantes de países com alta prevalência de tuberculose foram vacinados no território israelense.

 

Considerando essas informações, os cientistas compararam a taxa de infecção pelo novo coronavírus na parcela da população que foi vacinada com aquela que não foi — e nenhuma diferença significativa foi encontrada. Dos 72 mil resultados de testes para a Covid-19 analisados pela equipe, 3.064 eram de pessoas que nasceram entre 1979 e 1981 e foram vacinadas; e 2.869 nasceram entre 1983 e 1985 e, provavelmente, não receberam a BCG.

 

De acordo com a pesquisa, 11,7% dos vacinados com BCG e 10,4% dos não vacinados testaram positivo para o novo coronavírus. “Em conclusão, este estudo não corrobora a ideia de que a vacinação com BCG durante a infância tenha um efeito protetor contra a Covid-19 na idade adulta”, escreveram os especialistas.

 

Fonte: Revista Galileu.


Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.