Nosso planeta tem mais de 4 bilhões e 500 milhões de anos. E nem sempre as coisas foram como são agora. Nós evoluímos significativamente ao longo do tempo. Nos tornamos mais inteligentes, mais ágeis e versáteis. Aprendemos a construir coisas e mudamos completamente o habitat em que vivemos.

 

A Terra é extensa e nossa história tem centenas de anos. Muitos povos e civilizações já viveram aqui. E cada povo fez suas modificações no ambiente. Das catacumbas a metrôs modernos, os humanos viajaram no subsolo durante alguns períodos de tempo. No entanto, alguma sociedade realmente viveu no subsolo?

 

A resposta é sim. Mas isso aconteceu somente em períodos de emergência ou então quando esses grupos não tiveram outra opção. Mas nas últimas décadas tal situação começou a mudar.

 

“O que é importante saber sobre o subsolo é que não pertencemos a ele. Biologicamente, fisiologicamente, nossos corpos não foram projetados para a vida neste lugar. E ainda há momentos em que recuamos para o subsolo”, disse Will Hunt, autor do livro Underground: A Human History of the Worlds Beneath Our Feet.

 

Viver debaixo da terra

 

Ao longo da história, pessoas viveram no subsolo temporariamente por diversas razões. Segundo Hunt, se não tivesse materiais para construir casas, elas cavavam casas subterrâneas.

 

Ao longo da história, pessoas viveram no subsolo temporariamente por diversas razões. Segundo Hunt, se não tivesse materiais para construir casas, elas cavavam casas subterrâneas.

 

Nos lugares com climas extremos, os indivíduos iam para o subsolo durante o verão, para se refrescarem. E também iam no inverno para se aquecerem. Além disso, o subsolo também era um lugar seguro para se esconder dos inimigos.

 

Um exemplo disso é que os povos antigos construíram as famosas cidades subterrâneas da Capadócia, atual Turquia, para se protegerem do clima e da guerra.

 

“Eles estavam geograficamente em um lugar muito estratégico. Eram constantemente atacados”, disse Hunt.

 

Os humanos antigos iam para o subsolo durante os momentos de emergência. Contudo, não ficavam lá por muito tempo, como por exemplo, semanas a fio.

 

Cidades subterrâneas

 

Dentre as cidades subterrâneas, uma das maiores é Derinkuyu da Capadócia. Ela existe desde aproximadamente os séculos VII e VIII e poderia ter servido de abrigo para cerca de 20 mil pessoas.

 

Recentemente, os geofísicos descobriram uma outra cidade subterrânea na região que se estende por 460 mil metros quadrados e pode ter 113 metros de profundidade. Se isso se confirmar, essa cidade é aproximadamente um terço maior do que Derinkuyu.

 

De acordo com Hunt, essas regiões subterrâneas da Capadócia são uma maravilha arquitetônica. Com poços que iam até o lençol freático, orifícios que conduziam até às superfícies, fazendo as vezes de dutos de ventilação e camadas de proteção com grandes pedras circulares. Tudo isso separava as pessoas que estavam no interior desses locais dos inimigos, que estavam na superfície.

 

Entretanto, nem todas as moradias subterrâneas eram tão complexas quanto as da Capadócia. As populações também viviam em cavernas naturais e algumas feitas pelos próprios humanos. Tanto que cavernas construídas podem ser encontradas em qualquer lugar com o tipo certo de geologia. Por exemplo, as colinas de pedra feitas de puff, que é uma rocha vulcânica macia e fácil de cavar.

 

“Eles são muito comuns. Você encontra pessoas fazendo moradias em cavernas em todo o mundo”, pontuou.

 

Atualidade

 

No mundo atual, conforme mais pessoas vão se mudando para as cidades, mais moradores podem se mudar para lugares subterrâneos. Tanto que lugares como Cingapura estão explorando opções de construção para baixo.

 

“Realisticamente, iremos para o subterrâneo em breve. Em pelo menos 30 anos, haverá mais ambientes de trabalho subterrâneos, mais lugares divertidos debaixo da terra. Está chegando. Não é apenas uma ideia”, disse Eun Hee Lee, professora assistente de psicologia no campus da Universidade de Nottingham na Malásia, que estuda a psicologia de estar no subsolo.

 

Fonte: Fatos Desconhecidos.


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