A ondansetrona, componente de remédios como o Vonau, aumentaria a incidência de malformações e problemas cardíacos em fetos. Veja o que dizem os expertsA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre o risco de malformações congênitas relacionadas à ondansetrona, componente usado em remédios como o Vonau, voltados inclusive para enjoos intensos durante a gestação. Enquanto investiga o assunto, a entidade recomenda cautela na prescrição durante o período de gravidez.
No entanto, para especialistas brasileiros, a decisão pode ser precoce. Explicamos: a orientação foi baseada em alguns poucos estudos, em especial um conduzido pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e publicado em dezembro de 2018 no periódico cientfífico Journal of the American Medical (JAMA).
A investigação comparou mais de 88 mil gestantes expostas à ondansetrona no primeiro trimestre com cerca de 1,7 milhão de grávidas que não a utilizaram. No fim das contas, a incidência de malformações no grupo que tomou a droga foi de 14 casos para cada 10 mil nascimentos, ante 11 na outra turma. Ou seja, três episódios adicionais a cada 10 mil partos.
Segundo os médicos ouvidos pela SAÚDE, essa diferença no risco é praticamente irrelevante. “Com os dados que temos, não dá para saber se realmente há essa relação. Pode ser apenas um acaso estatístico. Nós precisaríamos de estudos mais robustos”, comenta Andre Luiz Malavasi Longo de Oliveira, diretor da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (Sogesp).
Em nota, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) adotou o mesmo tom. A entidade destaca em seu texto que as evidências disponíveis até agora vêm de estudos conflitantes e controversos, e afirma que não enxerga motivos para abandonar a medicação.
Isso, claro, desde que as gestantes recebam orientações sobre o baixo risco de malformações. E que a prescrição seja feita quando outras medidas já falharam.
Fonte: Saúde Abril.
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