Ao longo do tempo, acabamos concebendo uma imagem dos Vikings que talvez possa não ser de fato algo real. Escavações realizadas numa cidade na costa sudoeste da Dinamarca chamada Ribe, revelou que nem só de truculência viviam essas pessoas, mas que eles eram muito mais sofisticados do que imaginamos.

Diversos itens foram encontrados durante a escavação, como moldes para confecção de ornamentos em ouro, prata e latão, pentes feitos de chifres de rena, e joias em âmbar que datam do início dos anos 700 d. C.. Entre os artefatos, estão os pedaços de um instrumento musical muito parecido com uma harpa conhecida como lira. O objeto data de 720 d.C., e é a prova mais antiga da música na cultura Viking.

Os Vikings

Os pesquisadores ainda acreditam que entre os vikings não era difícil encontrar músicos e fabricantes de instrumentos. Talvez agora os arqueólogos consigam mostrar que a reputação de um povo bárbaro não seja exatamente a melhor forma para descrevê-los. Os pesquisadores ainda vão além.

Segundo eles, as pessoas que usavam tais artefatos não eram pessoas violentas, mas sim membros de uma comunidade urbana como qualquer outra. Dentre eles, viviam artesões, comerciantes, marinheiros e artistas.

“Ribe confunde a história. O que temos aqui desafia a opinião de que tudo o que os vikings fizeram foi invadir e estuprar. Podemos ver em Ribe que a sociedade Viking se baseava em produção e comércio sofisticados. É um paradoxo: eles fizeram essas coisas lindas, tinham tecidos lindos, artefatos maravilhosos, mas ao mesmo tempo são conhecidos pela história por sua brutalidade”, disse Richard Hodges, arqueólogo britânico e presidente da Universidade Americana de Roma.

As descobertas em Ribe ainda sugeriram que a sociedade era capaz de executar produção em massa, detinha de um alto nível de especialização e divisão de trabalho. Tais características definem uma sociedade urbana ao invés de um grupo de boçais que sabiam empilhar madeira e que saiam mundo afora levando o terror consigo.

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Fonte: Fatos Desconhecidos 

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