Os asteroides são corpos rochosos e metálicos que têm uma órbita definida ao redor do sol. Eles viram notícia não apenas por passarem perto da Terra. Esses corpos celestes podem esconder várias riquezas e isso é um motivo para que se tente explorá-los.

Um exemplo disso é o anúncio feito pela NASA de que uma missão será enviada a um asteroide de metal maciço que fica entre Marte e Júpiter. O asteroide em questão se chama 16Psyche e tem 226 quilômetros de largura. A agência americana ficou tão interessada em explorá-lo porque seu núcleo pode ser de ferro, níquel e ouro. Se isso realmente for verdade, seu valor estimado é de 10.000 quatrilhões de dólares.

A missão da NASA se chama Psyche e estava programada para ter seu lançamento em agosto de 2022, chegando ao asteroide em 2026. Contudo, por conta de alguns problemas no software de desenvolvimento, a missão acabou sofrendo atrasos. No entanto, uma revisão interna foi feita e concluiu que a Psyche conseguiria superar os seus problemas e ser lançada, sendo bem sucedida, nesse ano.

 

  • Missão

Por conta disso, a agência espacial anunciou a sua decisão de continuar com a missão, e também anunciou a data para seu lançamento. De acordo com a NASA, ele acontecerá a qualquer dia depois do dia 10 de outubro desse ano.

“Estou extremamente orgulhoso da equipe Psyche. Durante esta revisão, eles demonstraram um progresso significativo já feito em relação à futura data de lançamento. Estou confiante no plano de avançar e empolgada com a ciência singular e importante que esta missão retornará”, disse Laurie Leshin, diretora do JPL (Jet Propulsion Laboratory), da NASA.

Essa missão é parte do Programa de Descoberta da NASA com missões robóticas de custo baixo. O que faz o 16Psyche ser diferente da maior parte dos asteroides, que são gelados ou rochosos, é que teoricamente ele tem o coração metálico exposto de um planeta morto. Por conta disso, o esperado com essa missão é que ela traga mais informações a respeito do núcleo do nosso próprio planeta.

 

  • Asteroide

Por mais que essa missão tenha atrasado três anos, acredita-se que mesmo decolando em cima de um foguete SpaceX Falcon Heavy, em outubro desse ano, a mecânica celeste não irá sofrer nenhuma interferência gravitacional de Marte até 2026.

Logo, a Psyche irá conseguir chegar ao asteroide, agora em agosto de 2029, ao invés de janeiro de 2026. Quando a nave chegar até ele o primeiro passo será ficar, pelo menos, 21 dias mapeando a órbita da rocha e estudando as propriedades do asteroide.

Para fazer seu trabalho, a nave tem três instrumentos científicos. São eles: um magnetômetro para conseguir medir o campo magnético do asteroide; um multiespectral que conseguirá capturar imagens da superfície e também dados a respeito do que a rocha é feita e quais são suas características geológicas; e espectrômetros, que fazem a análise dos nêutrons e dos raios gama que vêm da superfície para conseguir mostrar do que o asteroide é feito.

 

  • Proteção

A NASA tem várias missões relacionadas com asteroides, seja para uma possível exploração ou para se preparar para um possível caso de proteção da Terra. Exemplo disso é a missão chamada “Teste de Redirecionamento de Asteróide Duplo (DART)”, que enviou uma espaçonave para se chocar contra um asteroide.

Esse teste foi feito para saber a capacidade de desviar a rota de corpos celestes que, hipoteticamente, poderiam entrar em rota com a Terra no futuro. Embora a NASA informe que não existe ameaça desse tipo conhecida ao nosso planeta.

O teste aconteceu a aproximadamente 11 milhões de quilômetros da Terra. A sonda da agência espacial colidiu com a lua Dimorphos, que orbita um asteroide um pouco maior chamado de Didymos. Segundo a NASA, o sistema Dimorphos/Didymos não oferecia risco ao nosso planeta. Ele foi escolhido por ser relativamente perto e por dar a possibilidade de monitorar se a mudança de trajetória foi atingida.

“É uma oportunidade boa de conseguir acompanhar o efeito de um objeto que seria efetivamente o alvo de uma missão caso isso fosse realmente necessário, se a gente tivesse que desviar um asteroide”, explicou Thiago Signorini Gonçalves, professor de astronomia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


Fonte: https://www.fatosdesconhecidos.com.br/asteroide-que-vale-mais-do-que-a-economia-global-sera-explorado-pela-nasa/


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