Em suma, o sistema solar é formado pelo sol e mais 1.700 corpos celestes menores, entre cometas, asteroides e os planetas com seus satélites. Nosso sistema solar, fica em um dos espaços da Via-Láctea, sendo formado pela estrela solar e por tantos outros corpos celestes ao seu redor.

 

Cientistas estudam o nosso sistema solar há anos e ainda várias questões não foram descobertas. Ademais, não somente os planetas atraem os olhares e interesse dos astrônomos e estudiosos do espaço. Dentre os corpos celestes que são vistos no espaço, os cometas tem um grande destaque.

 

Sem sombra de dúvidas, os cometas estão entre os principais objetos celestes, e um dos mais interessantes e curiosos. Alguns cometas são visíveis a olho nu. Outros acabam passando despercebidos até pelos olhos mais atentos. Contudo, hoje com toda a tecnologia disponível, podemos identificá-los ainda distantes, quando estão em suas órbitas previsíveis. Para isso, basta saber onde e quando procurar por um cometa.

 

Cometa gigante

 

Agora, se detectou os primeiros sinais de atividade em um cometa gigantesco. Os astrônomos da Nova Zelândia foram os primeiros que detectaram um coma, ou então uma zona de gás de poeira, que estava se espalhando em volta do megacometa chamado “C/2014 UN271”. Esse cometa também é conhecido como Bernardinelli-Bernstein. Ele pode ser mil vezes mais massivo do que um cometa típico. Tanto é, que ele pode ser o cometa mais massivo já encontrado na história.

 

A equipe de astrônomos que monitora as imagens capturadas pelo Observatório Las Cumbres (LCO) está espalhada pelo mundo todo. As imagens de um dos telescópios hospedados no Observatório Astronômico sul-africano ficaram disponíveis no dia 23 de junho à meia-noite, que na Nova Zelândia era à tarde.

 

“As outras pessoas estavam dormindo”, lembrou Michele Bannister, membro da equipe da LCO, da Universidade de Cantuária, na Nova Zelândia.

 

Observação

 

Olhando pela primeira vez, Michele pensou que essas novas imagens eram inúteis por conta de um problema que sempre está presente nos satélites que atravessam o campo de visão dos telescópios.

 

“A primeira imagem mostrou o cometa obscurecido pelo rastro de um satélite. Mas então as outras foram claras o suficiente, e Deus: lá estava ele! Definitivamente um belo ponto felpudo, não totalmente nítido como suas estrelas vizinhas”, disse ela.

 

O que chamou atenção de Michele foi um coma “espumoso” que estava emergindo a uma distância incrível do sol. Depois de a imagem ser tirada, foi visto que Bernardinelli-Bernstein estava aproximadamente 19 unidades astronômicas (UA) do sol. Para se ter uma noção, uma unidade astronômica é a distância entre a Terra e o sol, aproximadamente 150 milhões de quilômetros.

 

Visto isso, esse cometa tem muita massa disponível para aquecer. Se estima que o núcleo de Bernardinelli-Bernstein seja enorme e tenha mais de 100 quilômetros de diâmetro. Isso é três vezes maior que do que o maior núcleo de cometa já visto, que era do cometa Hale-Bopp.

 

Planos

 

No entanto, infelizmente para os pesquisadores o cometa Bernardinelli-Bernstein não irá passar muito perto do nosso planeta para ser observado. O mais próximo que ele chegará será além de Saturno, em janeiro de 2031.

 

Um ponto positivo é que os astrônomos têm uma década para planejar como eles observarão esse cometa.

 

“Agora há um grande número de pesquisas, como o Zwicky Transient Facility e o próximo Observatório Vera C. Rubin, que estão monitorando partes do céu todas as noites. Essas pesquisas podem fornecer alertas se um dos cometas mudar o brilho de repente. Então podemos acionar os telescópios robóticos da LCO para obter dados mais detalhados”, concluiu im Lister, cientista da equipe da LCO.

 

Fonte: Fatos Desconhecidos.


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