Com teimosia e resiliência e abraçada à parceria de amigos, artistas e instituições, a Bienal supera a escassez de recursos e as intolerâncias cultural e social que assolam o país, realizando a 6ª edição dos anos pares com mais de 125 apresentações locais, nacionais e internacionais em Fortaleza, Paracuru, Pacatuba, Itapipoca e Trairi. Toda a programação é gratuita.

 

Há dez anos a Bienal Internacional de Dança do Ceará, criada em 1997, iniciava uma nova fase com o lançamento de uma edição especial para os anos pares. Nascia com o propósito de ser um desdobramento da já consolidada edição dos anos ímpares, fortalecer as ações formativas, estendendo-as para além do período do evento, e abrir espaços para a interlocução com outras expressões artísticas. Em 2018, a Bienal Internacional de Dança do Ceará / De Par Em Par chega à 6ª edição, com programação de 19 a 28 de outubro.

 

São mais de 125 apresentações e 25 vídeos de companhias e artistas locais, nacionais e internacionais, envolvendo profissionais do Brasil, França, Inglaterra, Canadá, Suíça e Alemanha. Com acesso gratuito a programação acontece em diversos equipamentos de Fortaleza e nas cidades de Paracuru, Pacatuba, Itapipoca e Trairi. A VI Bienal Internacional de Dança do Ceará / De Par Em Par é apresentada pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet, tem o apoio institucional do Governo do Estado do Ceará, via Secretaria da Cultura (Lei Estadual Nº 13.811 – Mecenato Estadual) e tem como realizadores a Indústria da Dança e a Proarte. Agradecimento: Enel.

 

A cerimônia de abertura oficial será no dia 19 de outubro, às 20h, no Theatro José de Alencar, seguindo com apresentação de Antes, espetáculo da Companhia Alias, da Suíça. A Festa de Abertura será no Teatro São José, equipamento da Prefeitura de Fortaleza recém-restaurado e reaberto, recebendo pela primeira vez a Bienal de Dança. Começando às 22h com o DJ Guga de Castro, a comemoração terá como atração especial a artista paulista multimídia e premiada, Linn da Quebrada, com o show Trava Línguas, acompanhada nas pick ups por BadSista, e segue com apresentação do coletivo Carnaval do Inferno (CE).

 

Internacionais

Além do espetáculo na abertura, a Cia. Alias, que tem como diretor e coreógrafo o brasileiro Guilherme Botelho, apresenta no domingo, 21, no Teatro São José, o solo 0,5‰. A programação internacional traz ainda a Cie Marie Chouinard, do Canadá. Ambas participam pela primeira vez na Bienal. A companhia canadense apresenta O jardim das delícias, obra inspirada na pintura homônima de Hieronymus Bosch.

 

Outras duas participações internacionais na Bienal De Par Em Par começaram bem antes, em junho, com os Percursos de Criação, que contou com Amy Bell, da Inglaterra, e Fabrice Ramalingom, da França. Eles foram os coreógrafos convidados para as residências com três companhias cearenses. Amy Bell conduziu os trabalhos com No Barraco da Constância tem! e Inquieta Cia. A primeira resultou em Coververxion e a segunda em Não chama que ela vem. Já Ramalingom coreografou com a Paracuru Cia. de Dança o espetáculo Doce – Um hino à juventude. Os três trabalhos serão apresentados nesta edição da Bienal De Par Em Par.

 

Nacionais

Importantes nomes da dança contemporânea no país participam desta edição. A começar com a catarinense Cena 11 Cia. de Dança, que apresenta seu novo trabalho, Protocolo Elefante. Também de Santa Catarina, Jussara Belchior, do elenco do Cena 11, traz o solo Peso Bruto, que parte do estranhamento causado pelo corpo gordo na dança. É uma dança de resistência que questiona os padrões de beleza e comportamento na tensão entre formato e embalagem, aparência e conteúdo.

 

Por meio de parceria com o festival MID – Movimento Internacional de Dança e a Secretaria de Cultura do Distrito Federal, a Bienal De Par Em Par apresenta os brasilienses Anti Status Quo Companhia de Dança, com De Carne e Concreto –  Uma instalação Coreográfica, e Cia. Nós No Bambu/Poema Mühlenberg, com o solo O Vazio é Cheio de Coisa. Completam este breve e variado panorama da produção coreográfica nacional o artista pernambucano residente em São Paulo Ângelo Madureira, com Arco, e a Curitiba Cia. de Dança com dois espetáculos apresentados no ano passado na 11ª Bienal Internacional de Dança do Ceará, Quando se calam os Anjos e Memória de Brinquedo. A curadoria nacional e internacional foi realizada por David Linhares, diretor geral da Bienal, e Ernesto Gadelha.

 

Cearenses

Os artistas cearenses têm um destaque especial nessa edição. Diante da multiplicidade de proposições que abrange, a programação local configura um caleidoscópio de estéticas que espelha a diversidade da produção estadual. São muitos os cearenses nesta edição, com trabalhos que fazem a dança dialogar com o teatro, a performance, o audiovisual, as artes visuais, o circo, entre outras manifestações artísticas, representando bem esse movimento de “retorno às origens” da Bienal De Par Em Par. Assinam a curadoria da programação de artistas cearenses Ana Druot e Marina Carleial, duas profissionais da dança com atuação nacional e internacional.

 

Participam as companhias Cia. Arreios 20 anos (Caiçaras… entre linhas e redes), Cia. Balé Baião (Estado de Luta), Cia. Rastro (Milagreiro), Cia. Vatá – Companhia de Brincantes Valeria Pinheiro (233 A, 720 Khalos), Coletivo WE e Grupo EnFoco (Um Porto Só), CorpoMudança (Travessia e Barakah), Grupo Fuzuê (Palafita), Instituto Palavras e Passos (Veredas), Leandro Netto Cia. de Dança (Novos Prédios Desabando//Celebrando a Escuridão) e as três participantes dos Percursos de Criação, No Barraco da Constância Tem! (Coververxion), Inquieta Cia. (que além de Não chama que ela vem também apresenta Pra frente o Pior) e Paracuru Cia. de Dança (que nos Percursos dança Doce – Um hino à juventude e traz também Bar Baro).

 

Somam-se às companhias outros bailarinos e coreógrafos cearenses ou residentes no estado. São eles, Carolina Wiehoff e Paulo Caldas (Estudo para Deriva 72), Clarissa Costa e Jhon Morais (Felizes para Sempre), Cacheado Braga, Gerson Moreno e Ernany Braga (Videodança Orixá cafuso e outras divindades), Andreia Pires (Fortaleza 2040), Cacheado Braga (Quando me pedem para fazer uma dança), Gustavo Kamú (Meu espaço), João Paulo Barros (Viraç?o), João Paulo Lima (No’tro Corpo), Joubert Arrais (Um corpo em estado de espreita – Vira Bicho), Paulo José (O próximo: deflagração 1510), Rosa Primo (Iracema), Silvia Moura (Tempestade – Uma Guerra) e Wellington Gadelha (Gente de lá).

 

Dois outros trabalhos serão apresentados como resultado dos Trajetos EnCena, onde jovens dos bairros de Fortaleza Vicente Pinzon, Praia do Futuro e do Morro de Santa Terezinha participam desde junho de oficinas ministradas por profissionais renomados nas artes cênicas no Ceará: iluminação cênica (Walter Façanha), sonotécnica (Renato Pinto) e figurino (Marina Carleial), sob a coordenação pedagógica de Ernesto Gadelha. Essas atividades formativas dão o devido suporte a dois espetáculos da Bienal. Um deles, Sagração da Primavera, é um trabalho coreográfico do cearense Márcio Medeiros com bailarinos do Vicente Pinzon. O segundo é Lança, dos coreógrafos Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira, de São Paulo, com bailarinos dos bairros Bom Jardim e Centro, numa parceria da Bienal com a Vila das Artes.

 

A programação de encerramento em Fortaleza será marcada pelo trabalho de jovens criadores que tiveram experiências em importantes projetos de formação em dança do Ceará. Trata-se da Mostra Canteiros de Criação: atitudes criativas nos espaços formativos, que acolhe obras autorais que evidenciam a existência de uma paisagem coreográfica questionadora e heterogênea. São elas: Andorinhas / Revisitado, Cinestesia, Corpo Conflito, Embalando a Terra a Vácuo, Essa Nêga, Estamos juntos… e Quantas danças dura um café?

Mostras Associadas

Uma edição especial da mostra Pequenos Trabalhos Não São Trabalhos Pequenos, organizada regularmente pelo Teatro Máquina, foi produzida em associação com o grupo No Barraco da Constância tem! e o Teatro Esgotado, e será apresentada todas as noites, de 20 a 27, no Teatro São José, como projeto associado à Bienal. Nesta mostra, entram em cena cerca de 60 produções de jovens criadores locais, apontando as inquietações artísticas de toda uma nova geração de artistas cênicos.

 

Uma outra mostra associada é o II Festival Internacional de Danças Urbanas na Cena – FIDUC, uma iniciativa que tem por finalidade fortalecer a cultura e a arte urbana no Ceará, promovendo a difusão, a formação, o intercâmbio e a reflexão em torno da produção das danças e artes urbanas no estado. Com curadoria de André Rockmaster, Ana Carolina Mundim e Diego Aragão, o evento conta ainda com intervenções formativas dos internacionalmente reconhecidos Ben Wichert e André Rockmaster.

 

No Auditório do Porto Iracema das Artes recebe acontecerá nos dias 22 e 23 o Midiadança: Laboratório de Dança e Multimídia, com duas mostras de curtas-metragens de dança: a Mostra REDIV, em parceria com a Rede Ibero-americana de Videodança; e a Mostra on tour – uma seleção especial preparada pelo dança em foco – Festival Internacional de Vídeo & Dança. O Midiadança conta com o apoio institucional do Instituto de Cultura e Arte, dos Cursos de Dança e da Secult-Arte, todos pertencentes a Universidade Federal do Ceará.

 

Em parceria com as graduações em dança da Universidade Federal do Ceará (UFC), a Université du Quebec à Montréal (UQAM) e o Porto Iracema das Artes, a Bienal promove uma realização inédita. Trata-se dos “Diálogos Quebec / Ceará – intercâmbios artísticos e acadêmicos em dança”. Esta ação envolverá professores convidados do departamento de dança da UQAM e professores das graduações em dança da UFC, além de alunos dessas graduações e do Curso Técnico em Dança do Porto Iracema das Artes. O evento compreende masterclasses, exibições comentadas de obras coreográficas produzidas no Quebec e discussões entres os colegiados das duas universidades. O objetivo desses encontros é dar início a uma aproximação e a parcerias entre as cenas coreográficas e acadêmicas do Ceará e do Quebec.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa Degage 


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