Quatro licenças de porte de arma por 200 iPads, no valor de US$ 70 mil: esta é a acusação que pesa contra o chefe da segurança global da Apple, Thomas Moyer, acusado pelo promotor distrital do condado de Santa Clara, Jeff Rosen, dentro de uma investigação em andamento há dois anos sobre um suposto esquema de suborno de membros do gabinete do xerife para a obtenção de licenças CCW em troca de doações.
(Na Califórnia, as licenças de porte oculto de arma escondida, conhecidas como licenças CCW, são emitidas pelos xerifes do condado com base na constatação de necessidade comprovada).
Em comunicado, Rosen diz que “no caso de quatro licenças CCW negadas anteriormente a funcionários da Apple, o subxerife Rick Sung conseguiu arrancar de Thomas Moyer a promessa de que a Apple doaria iPads para o gabinete do xerife.”
Segundo ele, “a doação prometida de 200 iPads, no valor de cerca de US$ 70 mil, foi rejeitada de última hora quando ambos souberam do mandado de busca que o Ministério Público executara no gabinete do xerife, confiscando todos os seus registros de licença para porte oculto de armas”.
Licenças por doações
Segundo o advogado de Moyer, Ed Swanson, “este caso é sobre uma rixa longa, amarga e pública entre o xerife do condado de Santa Clara e o promotor público, e Tom é uma vítima inocente dessa disputa. Estamos ansiosos para encerrar esta acusação equivocada no tribunal”.
A Apple, via porta-voz, disse ter conduzido uma investigação interna, sem achar nenhum delito. Moyer está na empresa desde 2018, depois de uma carreira militar começada aos 19 anos na Marinha americana. Em seu currículo, constam quatro anos como especialista em Inteligência Operacional, antes de ser dispensado com honras.
Thomas Moyer e mais três acusados serão denunciados em 11 de janeiro de 2021 no Tribunal de Justiça de San Jose.
Fonte: TecMundo
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