Mais de 11 mil cientistas, em 153 países, assinaram recentemente, um alerta à população mundial, sobre um “sofrimento incalculável devido à crise climática”. Caso grandes transformações na sociedade global não sejam realizadas, o futuro da humanidade pode estar em grande perigo.
A declaração foi publicada em um novo estudo na revista BioScience, no 40º aniversário da primeira conferência climática mundial. Sendo esta realizada em Genebra em 1979. O artigo publicado foi escrito por diversos cientistas e endossado por mais de 11.258 nomes de peso da comunidade científica.
Ao longo dos últimos 40 anos, os cientistas vêm emitindo alertas para uma crise climática iminente. Entretanto, até agora, pouca ou quase nenhuma atenção foi dada à causa. Menos significativas ainda, foram as ações tomadas pelas nações.
“Os cientistas têm uma obrigação moral de alertar a humanidade sobre qualquer grande ameaça”, disse Thomas Newsome, cientista ambiental da Universidade de Sydney. “A partir dos dados que temos, é claro que estamos enfrentando uma emergência climática”.
A declaração surge dois anos após a criação de um outro documento, que foi assinado por um grande e relevante grupo de cientistas. No entanto, Newsome e seus colegas se viram na necessidade de lançar um outro aviso ao mundo.
Os cientistas aproveitaram o crescimento da preocupação global com as mudanças climáticas e lançaram um artigo, que explora quatro décadas de dados e os apresenta ao público. O estudo reúne estudos científicos sobre o consumo de energia, temperatura da superfície terrestre, população, desmatamento, gelo polar, taxas de fertilidade e emissões de carbono.
“Nos unimos para declarar uma emergência climática porque a mudança climática é mais severa e se acelera mais rapidamente do que o esperado pelos cientistas”, declarou Bill Ripple, professor de ecologia da Universidade Estadual do Oregon, nos EUA, e principal autor do estudo.
Alerta mundial
As conclusões no artigo científico não são bem uma novidade. No entanto, elas mostram algumas soluções. Do mesmo modo, apontam sinais preocupantes. Como, por exemplo, o crescimento da produção de carne, perda de árvores, taxas de natalidade e emissões de carbono.
Basicamente, a população humana mundial está aumentando em cerca de 80 milhões de pessoas por ano. Além do mais, o desmatamento na Amazônia está crescendo novamente.
“Apesar dos 40 anos de grandes negociações globais, geralmente, conduzimos os negócios como de costume e não estamos conseguindo lidar com essa crise”, disse o ecologista, William Ripple, da Universidade Estadual do Oregon.
Assim, para evitar consequências ainda piores, os autores do estudo sugerem que precisamos reverter todo o quadro. Além de deixar o uso de combustíveis fósseis no passado. Eles também sugeriram a busca de tecnologias renováveis ??e de captura de carbono. Bem como mudar nossa dieta para mais alimentos à base de plantas. Além de fornecer serviços de planejamento familiar às pessoas, especialmente meninas e mulheres jovens.
Os autores do estudo afirmam que as nações mais ricas serão as líderes nesse caminho de mudanças. Entretanto, eles também afirmam que, se o mundo estiver comprometido com um futuro sem carbono, é imprescindível que os países mais pobres recebam suporte.
“A boa notícia é que essa mudança transformadora, com justiça social e econômica para todos, promete bem-estar humano muito maior do que os negócios, como de costume”, escreveram os cientistas.
Fonte: Fatos Desconhecidos
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