Você deve se recordar da primeira – e superfamosa – “foto” de um buraco negro, certo? A imagem, divulgada no ano passado, foi criada a partir do processamento de uma quantia colossal de dados, uma vez que, na realidade, é impossível “fotografar” essas regiões do espaço, já que elas não só não emitem qualquer luz, como capturam inclusive partículas luminosas (ou qualquer outra coisa) que se aproximem muito delas. Pois a última façanha envolvendo buracos negros foi divulgada nesta semana e consiste em uma sequência mostrando um buraco negro cuspindo jatos de energia no espaço!

 

Onde estão os modos?

 

O buraco negro das imagens é supermassivo e se encontra a 5 bilhões de anos-luz de distância, no coração da Constelação de Virgem. Batizado de 3C 279, esse monstro cósmico se encontra bem no núcleo de um quasar, isto é, um objeto cósmico “quase-estelar” incrivelmente brilhante que contém um disco de acreção – ou uma nuvem difusa de material – girando ao redor de um corpo central que, no caso, é o buracão negro.

 

E o 3C 279 não tem muitos modos, pois, na sequência de imagens, ele pode ser visto cuspindo partículas no espaço. A verdade é que se trata de jatos energéticos que estão sendo expelidos pelo buraco negro quase à velocidade da luz – devido às extraordinárias forças envolvidas nessa fascinante estrutura cósmica.

 

Jatos

 

A sequência foi criada a partir das mesmas observações que culminaram na criação da icônica “foto” do buraco negro – conduzidas pelos cientistas no comando de uma iniciativa chamada Event Horizon Telescope. Ela consiste em uma seleção de imagens capturadas ao longo de 1 semana através de uma técnica chamada Interferometria de Longa Linha de Base, em que observações são realizadas de forma sincronizada por radiotelescópios espalhados pelo mundo todo. Basicamente, essa rede de observatórios converte o nosso planeta em uma espécie de telescópio virtual gigante capaz de “enxergar” muito, muito longe.

 

Para se ter ideia, para focar no buraco negro – que se encontra a bilhões de anos-luz daqui, lembra? –, os pesquisadores precisaram analisar um pedacinho do cosmos equivalente a 20 micro arco-segundos. Trocando em miúdos, seria como se alguém aqui na Terra conseguisse enxergar uma laranja jogada na superfície da Lua. Assista à sequência:

A combinação dos dados e a análise das informações coletadas pelos radiotelescópios, além de permitirem que os cientistas gerassem as imagens que você acabou de ver acima, também revelaram que os jatos de partículas expelidos pelo buraco negro têm um formato bem peculiar e se torcem na base, o que surpreendeu bastante o time. Mas a expectativa é de que muitas outras surpresas cósmicas não demorem para ser divulgadas, já que os cientistas continuam vasculhando cada cantinho do Universo em busca de novidades!

 

Fonte: Mega Curioso.


Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.