Uma pesquisa do Laboratório Cold Spring Harbor, nos Estados Unidos, sugere que a fumaça do cigarro estimula os pulmões a produzir mais ACE2, a enzima utilizada pelo novo coronavírus para “se agarrar” às células humanas. A descoberta, relatada no último sábado (16) na revista Developmental Cell, pode explicar por que os fumantes parecem ser particularmente vulneráveis ​​à Covid-19.

 

Desde os estágios iniciais da pandemia do novo coronavírus, cientistas observaram diferenças dramáticas na forma como a Covid-19 atinge fumantes e não fumantes. Segundo um estudo publicado no início de abril, por exemplo, quem fuma tem um risco 14 vezes maior de desenvolver quadros graves da infecção.

 

Tendo isso em vista, a equipe do Laboratório Cold Spring Harbor resolveu investigar o que leva a esse agravamento do quadro da doença nos fumantes. “Começamos a reunir todos os dados que pudemos encontrar”, afirmou Jason Sheltzer, coautor do estudo, em comunicado. “Quando reunimos tudo e começamos a analisar, vimos que tanto os ratos que haviam sido expostos à fumaça em laboratório quanto os humanos que eram fumantes tiveram um aumento significativo da ACE2.”

 

Segundo os cientistas, os maiores produtores de ACE2 nas vias aéreas são as células produtoras de muco, chamadas células caliciformes. Sabe-se que o tabagismo aumenta a prevalência dessas partículas que, consequentemente, produzem mais ACE2 nos pulmões e aumentam a vulnerabilidade ao Sars-CoV-2.

 

A boa notícia é que essa condição muda ao largar o cigarro. De acordo com os pesquisadores, o estudo mostra que o nível de ACE2 nos pulmões de pessoas que pararam de fumar se mostrou semelhante ao de não fumantes.

 

Fonte: Revista Galileu.


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