No mundo, cerca de 38 milhões de pessoas vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), segundo dados do programa das Nações Unidas para o combate à Aids (Unaids). Por ano, aproximadamente dois milhões de pessoas se infectam com o vírus em todo o planeta.
Este número poderia ser menor se pessoas de grupos de risco fizessem um tratamento de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). O tratamento preventivo é capaz de reduzir 99% da infecção causada pelo HIV, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).
No Brasil, a medicação está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e pode ser encontrada em mais de dois mil serviços de saúde distribuídos pelo país. Atualmente, 16 mil pessoas fazem uso dos remédios, segundo dados do Ministério da Saúde.
Como funciona a Profilaxia Pré-Exposição
O principal objetivo da PrEP é reduzir a infecção pelo HIV, se houver exposição ao vírus. O tratamento não cura a Aids, e nem substitui o uso de preservativo para evitar a gravidez e proteger de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), como sífilis, clamídia e gonorreia.
A profilaxia consiste em tomar, diariamente, uma pílula contendo tenofovir e entricitabina. Essas substâncias diminuem as oportunidades do vírus causadores da Aids de se estabelecerem no organismo. O medicamento bloqueia o processo de reprodução do HIV dentro das células humanas ao anular uma enzima chamada de transcriptase reversa, responsável pela replicação viral.
A PrEP começa a prevenir infecções por HIV em até sete dias, para relações anais, e em 20 dias de uso para relação vaginal. Caso não seja realizada todos os dias, a medicação pode perder o efeito. A profilaxia não deve ser interrompida repentinamente – os remédios devem ser tomados por quatro semanas depois da última relação sexual para evitar a possibilidade de infecção.
Quem deve realizar o tratamento
A PrEP é indicada para as pessoas que tenham um maior risco de serem contaminadas pela Aids, mas ainda não foram infectadas. O Ministério da Saúde considerada como grupos de risco os homens que fazem sexo com homens, pessoas trans e trabalhadores do sexo.
O órgão também indica a profilaxia para quem deixa de usar frequentemente preservativo nas relações sexuais, em especial com alguém soropositivo sem tratamento, além de pessoas que apresentam infecções sexuais com regularidade.
Contraindicações e efeitos colaterais
Como toda a medicação, a PrEP pode causar efeitos colaterais e tem contraindicações. O remédio não deve ser tomado por grávidas e lactantes, e também em caso de alergia às substâncias presentes na composição do medicamento. Por isso, é fundamental o acompanhamento médico durante todo o tratamento.
As substâncias tenofovir e entricitabina podem provocar efeitos colaterais, como dor de estômago ou perda de apetite, que geralmente passam no primeiro mês. Algumas pessoas podem, ainda, apresentar uma leve dor de cabeça ao tomar a medicação.
Onde conseguir tratamento
A PrEP pode ser obtida, de forma gratuita, em serviços de saúde e organizações da sociedade civil que promovem ações de assistência e prevenção da Aids. Uma lista completa das instituições está disponível no site da Ministério da Saúde.
Fonte: Mega Curioso
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