Com o crescimento da internet e o surgimento de redes sociais, várias novas profissões também surgiram. E as pessoas passaram a lidar com ainda mais opções de ganhar a vida. Uma dessas inovadoras profissões é ser influencer.
Um influenciador digital é aquela pessoa que trabalha com a produção de conteúdos, para um nicho segmentado. E as pessoas, que seguem esses influenciadores, acreditam na opinião deles e a tomam como referência em suas vidas. Do mesmo modo, que se pautam neles para determinar muitas de suas decisões.
Um exemplo é Lil Miquela. Ela diz em sua bio do Instagram que é musicista, inquieta e estilosa. Ela é uma influenciadora digital que tem mais de 1,6 milhão de seguidores, em sua rede social. Em sua conta, ela publica fotos da sua vida e também se manifesta sobre vários temas atuais, como direitos LGBTQ+. E como qualquer boa influencer, ela também promove marcas de roupas e perfumes.
Lil tem um perfil que se encaixa nas características de outras influencers. Ela é bonita, misteriosa e encantadora. Mas, diferente de outras influencers, Lil não é real. Ela foi criada por um computador. E é a influencer virtual mais famosa do mundo.
O Instagram de Lil Miquela começou a funcionar em abril de 2016. E desde que começou, várias dúvidas sobre o fato de ela ser real, ou não, foram levantadas. Várias teorias sobre sua procedência surgiram.
Algumas pessoas diziam que ela era uma “jogada de marketing do The Sims”. Já outras pessoas achavam que ela era um “terrível experimento social”. Depois de muito se especular, a verdade foi revelada. Ela é uma garota propaganda, que foi criada digitalmente.
Mesmo depois da verdade exposta, seus seguidores não pareceram se importar com ela não ser real.
Influencer
A influencer, feita em computador, tem sardas, lábios grandes e cabelos escuros. Nas fotos que ela publica em seu Instagram, ela usa roupas de marcas caras, como Prada, e também acessórios da Chanel, Supreme e Vans.
Até mesmo a Vogue, uma das principais revista de moda do mundo, chamou Lil de m”garota fictícia do momento”. Surpreendentemente, seus mais de 1,6 milhão de seguidores a veem como muito mais do que um manequim virtual.
Em 2017, ela lançou uma música chamada “Not Mine”, que logo se tornou um viral no Spotify. Ela também usa sua rede social para apoiar campanhas importantes, tais como Black Lives Matter e a organização Black Girls Code, que dá aulas de programação robótica para jovens negras.
Seus posicionamentos tendem a borrar as fronteiras entre o real e o virtual. E é bem onde Lil Miquela se encaixa.
Criação
Quem cuida da conta dela no Instagram, não dá muitas informações. E nem mesmo confirma se ela é real, fictícia ou uma composição de uma pessoa real, que é aperfeiçoada com imagens criadas virtualmente.
O que se acredita é que ela foi criada pela equipe de uma startup misteriosa de Los Angeles, chamada Brud. Essa empresa se descreve como “um grupo de solucionadores de problemas em robótica, inteligência artificial e seu uso para empresas de comunicação”.
Um repórter da BBC, Damian Fowler, pediu uma entrevista com Miquela, em 2018. N ocasião, ela respondeu dizendo: “Acho ótimo”. De acordo com o repórter, a entrevista foi feita por e-mail com o agente de Miquela. E um desses agentes trabalhava na Brud.
Entrevista
O repórter fez perguntas estratégicas, para que ela admitisse ser virtual. Ele perguntou como ela tinha criado a sua identidade.
“Provavelmente, assim como você. Estou aprendendo, me moldando de acordo com o ambiente e com o que está ao meu redor. Sou apaixonada por música e arte, aprendo o máximo possível sobre Los Angeles, todos os dias”, respondeu Miquela.
Depois disso, ele perguntou o que ela achava das celebridades virtuais.
“Acho que a maioria das celebridades da cultura pop é virtual. É desanimador ver como a desinformação e os memes deformam nossa democracia, mas acho que isso demonstra o poder do virtual”, disse.
Segundo Fowler, “Miquela, ou quem quer que estivesse falando, não viria a revelar nada, mas essa esquivada cuidadosa não parece importar para seus seguidores”.
O interessante é que Miquela não é a única celebridade virtual. Essa é uma indústria crescente e parece ser o futuro das propagandas, da moda e do comércio. Como é o caso de Shudu.
Fonte: Fatos Desconhecidos
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