Nova orientação do Ministério da Saúde, os testes para o coronavírus deverão ser executados em massa na população. Descrevemos aqui os dois testes principais disponíveis em nosso país: o RT-PCR (ou teste molecular) e os famosos testes rápidos. Cada um deles tem limitações que podem ser importantes para compreender melhor os resultados e entender como o avanço da doença funciona. Confira:
RT-PCR ou testes moleculares
Esses testes tentam detectar o vírus no organismo por meio da análise de material coletado da garganta e do nariz do paciente. Trata-se de um reação em cadeia (como indicado na sigla PCR ou Polymerase chain reaction).
O material genético colhido é colocado numa placa com polimerase, segmentos de ácidos nucléicos chamados “primers” e blocos de nucleotídeos soltos. A placa é introduzida numa máquina de PCR (termociclador) que produz ciclos de calor e frio e gera mais duas fitas de DNA. O processo é repetido, resultando em mais de 1 bilhão de cópias da amostra de vírus, detectáveis por uma sonda com fluorescência.
Embora o teste seja rotulado como “tempo real”, o procedimento laboratorial total pode chegar a quatro horas e o diagnóstico levar dias para ser elaborado, o que pode ser um limitador levando-se em conta a falta de recursos e a escassez de instituições habilitadas.
Testes rápidos
Os testes rápidos não procuram o vírus, mas sim os anticorpos produzidos pelo sistema imunológico específicos para aqueles agentes infecciosos. O procedimento usado é a imunocromatografia cujo objetivo é acelerar o processo de detecção da enfermidade.
Da amostra de sangue colhido, são isolados os anticorpos que são acoplados a uma enzima, e colocados em uma placa de plástico com 96 micropoços e embebidos em uma substância incolor que faz com que o vírus grude na membrana do poço plástico. Se os anticorpos forem específicos para os vírus (os Sars-Cov-2) irão se ligar a eles, gerando uma faixa colorida visível a olho nu.
A vantagem desse tipo de teste é sua rapidez (entre 10 a 30 minutos) e também de não necessitarem de laboratórios e análises posteriores, ideal para aplicação em profissionais de saúde e pessoas mais expostas ao vírus.
A grande limitação aqui é que os anticorpos produzidos entre o 3º e o 5º dia do início da contaminação são generalistas, ou seja, são produzidos para qualquer tipo de infecção. São os chamados IgM. Mas os anticorpos IgG, que são os determinantes para a detecção de um agente viral, só costumam aparecer na fase tardia da infecção, em torno do 10º dia.
Fonte: Mega Curioso
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