Problemas de aprendizagem, cansaço, distúrbios de sono, alterações faciais e dentárias, infecções respiratórias e até doenças cardiovasculares. Tudo isso pode ocorrer na vida de quem respira pela boca. O nariz é anatomicamente preparado para receber o ar. Ele conta com mecanismos de defesa, como o muco e os pelos, que impedem elementos nocivos, como poeira e poluição, de chegar aos pulmões. A boca não tem isso. “Para se criar uma passagem de ar pela boca os lábios tornam-se entreabertos, a mandíbula é mantida numa posição inferior e a língua é deslocada para baixo e para frente. Isso acarreta vários problemas no organismo”, explica o otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Marcelo Mello.
Flacidez dos músculos da face e aparecimento de olheiras, problemas de sono, ansiedade e irritabilidade, baixo desempenho escolar, alteração da fala e aparência cansada, sonolência diurna, dificuldade de concentração, problemas de crescimento, alterações posturais, mau desenvolvimento dos ossos da face, aprofundamento e estreitamento do palato (céu da boca), dificuldade de deglutição, mastigação e oclusão, além de maior número de infecções respiratórias. Tudo isso pode vir junto de quem faz respiração bucal. Por isso é importante corrigir esse problema, principalmente no caso das crianças, que tendem a apresentar mais essa dificuldade.
“Entre as principais causas do aparecimento da respiração oral estão a rinite, sinusite, hipertrofia dos cornetos, desvio de septo e amígdalas ou adenoides aumentadas. Portanto, se os pais, professores ou dentistas perceberem essas alterações ou identificarem sintomas como dormir de boca aberta, roncos, prurido nasal, sono agitado e obstrução nasal devem recomendar um otorrinolaringologista para um exame cuidadoso”, orienta o médico do CEMA.
Além dessas causas, a falta de aleitamento materno ou maus hábitos alimentares, como, por exemplo, preferência por alimentação líquida e pastosa, sem mastigação adequada, podem influenciar e favorecer o aparecimento da respiração oral. O tratamento vai variar de acordo com a causa. O médico pode indicar remédios para alergias, inflamações e infecções ou tratamento cirúrgico para correção do desvio de septo ou remoção das amígdalas e adenoide. Em alguns casos, pode ser necessária a complementação do tratamento com um fonoaudiólogo ou ortodontista para uma reeducação respiratória. “Quem não usa o nariz para respirar, deve procurar um otorrinolaringologista. A importância do atendimento precoce significa melhor qualidade de vida. Quando ocorre o comprometimento e envolvimento da família e do médico os resultados são excelentes”, finaliza o médico.
Fonte: Assessoria de Imprensa Agencia NB
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