Um registro fóssil datado de 66 milhões de anos, quando o planeta saiu da era Cretácea, foi identificado por um grupo de pesquisadores da Universidade de Antananarivo, em Madagascar. O mamífero, parte do grupo conhecido como gondwanaterianos, espécies animais que viviam no sul do supercontinente Gondwana, é o maior registro fóssil do animal conhecido como “besta louca”, apresentando a formação óssea mais completa já encontrada do estranho mamífero.

 

O Adalatherium hui (literalmente “besta louca” em grego e malgaxe, um idioma nativo de Madagascar) era apenas um dos animais que surgiram na ilha de Madagascar, todos caracterizados por serem “completamente bizarros”, segundo palavras de David Krause, curador do Museum of Nature & Science, em Denver, atual responsável por liderar a pesquisa. “Este esqueleto revela uma série de adaptações incomuns e até únicas que, segundo nossa hipótese, são devidas à evolução em um ambiente insular”, esclarece o autor.

 

O fóssil apresentou que o animal possuía uma grande quantidade de vértebras em seu tronco, uma cauda curta, larga e incrivelmente preservada, apesar de ter entrado em extinção já há dezenas de milhões de anos. Com apenas 31 quilos de massa corporal, o animal possuía um estranho desequilíbrio entre suas patas, com as traseiras bem estendidas, porém com as dianteiras alinhadas com o corpo, dando a impressão de algo parecido com um gato ou cachorro e surpreendendo os pesquisadores, que não imaginaram como tal animal era capaz de se locomover.

 

“Isso provavelmente significa que caminhou de maneira muito diferente de qualquer coisa que vivesse no passado ou que esteja vivendo hoje”, disse Simone Hoffmann, do Instituto de Tecnologia de Nova York, completando que o animal possuía, também, alguma espécie de deficiência nas costas, já que seus músculos fortalecidos aparentemente ficavam balançando de um lado para o outro enquanto caminhava.

 

Os cientistas também acreditam em uma espécie de “regra da ilha”, onde os mamíferos desenvolviam uma espécie de gigantismo a medida que iam evoluindo sob as novas condições do isolamento terrestre, fazendo com que diversos animais apresentassem constituições físicas estranhas e incomuns em comparação com os das diversas formações continentais.

 

Atualmente, grupos de cientistas da ilha estão dando continuidade aos estudos, a fim de entender como ocorreram as adaptações da “besta louca”.

 

Fonte: Mega Curioso


Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.