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Que o cinema brasileiro está em evolução não há dúvidas, mas o que mais nos deixa felizes é saber que finalmente, o Brasil está levando a sério e dando espaço para o gênero Terror.

 

De uns anos pra cá temos visto diversos longas produzidos nas terras tupiniquins, como por exemplo os recentes “Quando eu era vivo”, “Mangue Negro”, “Isolados” e “Condado Macabro”.

 

O mais incrível é perceber que em meio a tantos títulos nacionais, apenas um  longa produzido em 1974 aborda o assunto Exorcismo, chamado “Exorcismo Negro”, produzido pelo cineasta José Mojica Marins (Zé do Caixão)…Até hoje.

 

Como já citado numa entrevista exclusiva para o site (para ver a matéria, clique aqui), Renato Siqueira, o grande idealizador da obra, teve uma brilhante ideia de escrever um livro, junto de seu amigo Luciano Milici, sobre esse tema. Mas não poderia ser qualquer tema, tem que ter sido real!

 

Anos depois de já publicado o livro, Resolveram que estava na hora de fazer algo maior: Ingressar na área cinematográfica.

 

E é sobre o filme que iremos falar agora!
Antes só vamos agradecer ao Renato Siqueira e sua equipe pelo apoio e na divulgação, e claro à distribuidora Europa Filmes, por ter nos concedido o filme através do Vimeo (detalhes como conseguir assistir ao filme, no final da matéria).

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O filme já se inicia com os irmãos Biaggio indo à encontro de Maria Lúcia (não, não é a Maria de faroeste caboclo), um pouco transtornada, digamos assim.

 

Logo de início  vemos a qualidade exemplar que esse filme proporciona, desde o momento em que Maria se contorce toda, como que está quebrando seus ossos, até a o seu rosto deformado pela entidade maligna.

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Mais tarde, em Santa Bárbara das Graças, nos é apresentado uma família humilde, e conhecemos então Lucas Vidal adolescente, presenciando situações estranhas e diabólicas.

 

Anos mais tarde ele é convidado por um dos irmãos Biaggio a ser um aprendiz e com isso substituí-lo.

 

Tudo parece incrível até que a própria irmã do padre Lucas encontra-se aparentemente possuída pelo Demo.

 

Os efeitos especiais sem dúvida são os que mais são destacados nesse longa, só de lembrar que é tudo independente, que foi tudo tirado do bolso do Renato, já é uma vitória para o cinema nacional.

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acho que talvez o filme peque pelo fato de se estender um pouco além do necessário, ele te praticamente 1h40, e filmes assim, tendo 1h20 seria perfeito.Cenas um pouco extensas, diálogos desnecessários, mas nada que atrapalhe a quem assistir.

 

Vi algumas pessoas comentarem das atuações nesse filme, uma chegou a comentar que dava a impressão que os atores mal tiveram oportunidade de ensaiar. Não foi isso que vi não, tá que uma ou outra cena pareceu ter atores de malhação, mas considero todos ali ok, destaque para Renato que interpretou o Pe. Lucas Vidal. Ele conseguiu passar a proposta, e a serenidade de um padre, digo isso porque fui criado dentro de igreja católica, e conheci muitos padres realmente bons e focados em suas doutrinas.

 

As cenas tensas realmente são BEM TENSAS, conseguiram captar toda a ambientação que um filme de exorcismo necessita ter, apesar de serem em boa parte clichês, é aquele ditado, prefiro um clichê bem feitinho que um inovador bem bagaça…

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É claro, o filme consegue ter uma ótima execução em suas limitações, considerando por ser um filme 100% independente. A fotografia por exemplo, lembra as tantas demais películas nacionais, já que a mesma foi gravada com câmeras DLSR GH4, ou seja, mais indicadas para fotografia, não são as especializadas em cinema, isso explica e muito alguns curtas ou até longas que vemos com a qualidade de imagem parecida com as do filme. Mas com certeza o trabalho de edição foi algo bem aproveitado, pois em poucos momentos percebemos que o filme é independente.

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A notícia boa é que o filme foi apenas uma porta pra uma trilogia inspirado nesses eventos, e o mais bacana é que conseguiram chamar a atenção de gente grande, ou seja, poderemos esperar muita coisa boa por aí, produção digna de grandes produções mesmo.

 

Considerações finais:

 

É um filme para ser visto com atenção, sem estereótipos ou preconceitos. É um filme nacional, é sobre exorcismo, é independente, mas feito com muito empenho e dedicação.Possui problemas técnicos como qualquer produção independente, porém se destaca pela coragem e efeitos mais ricos que muitas produções que se dizem grandes( oi Dez mandamentos, tudo bem por aí?). Provando que o Brasil pode sim fazer filmes de terror para bater de frente contra produções americanas enlatadas. E que venha a trilogia, estamos no aguardo!

 

Fonte: Horror Alternativo


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