Descrição:

O terremoto de 1755 praticamente destruiu a Real Biblioteca da Ajuda, em Lisboa. D. José I, rei de Portugal, mandou reconstruí-la, transformando-a na Biblioteca da Corte e do Infantado. Possuía 14 mil volumes quando o Príncipe D. João a fez transportar para o Rio de Janeiro. Aqui, tomou o nome da Biblioteca Real do Rio de Janeiro e foi instalada, inicialmente, no Antigo Convento do Carmo, na Praça Quinze de Novembro. Com a Independência, D. Pedro I decidiu adquiri-la por 400.000$000, transferindo-a para a Rua do Passeio, nº 48, onde hoje está instalado o instituto Nacional de Música.

O prédio é constituído por três alas que se articulam a partir de um corpo central, que serve de saguão de entrada é provido de iluminação zenital, com escadas e galerias de circulação de ferro fundido. Nas duas alas ao longo da Avenida Rio Branco estão as salas de leitura e os depósitos de livros e periódicos. A estrutura do edifício, em ferro fundido, é de fabricação americana, merecendo especial destaque a dos depósitos de livros e periódicos. Do ponto de vista do estilo, o prédiom se insere no período da arquitetura eclética: acima de embasamento que inclui pavimento de acesso, sucedem-se dois pisos definidos e um compartimento apoiado por pilastras e colunas de ordem monumental encimadas por forte entablamento.

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